O CUMPRIMENTO DO PLANO DE DEUS

O CUMPRIMENTO DO PLANO DE DEUS - A BIOGRAFIA DE JESUS, A PARTIR DOS REGISTROS DE LUCAS

Neste trimestre estaremos estudando em nossa Escola Bíblica Dominical: A biografia de Jesus, a partir dos registros de Lucas

Nessa aula inaugural tomaremos por divisa:

“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. (Lucas 19.10)

Para acompanhar nossa aula, abra sua REVISTA COMPROMISSO – na Introdução aos estudos do trimestre:

Página 06 a 10.

AO ESTUDAR UMA REVISTA PROCURE SABER QUEM ESCREVEU? Neste nosso caso:

Ana Maria Sumam Gomes.

Bacharel em administração de empresas

Pós-graduada em novas tecnologias na educação (FGVRJ)

Mestre em teologia (STBSB)

Ex-coordenadora do ministério de educação da pib do rio de janeiro.

Nosso desafio do Trimestre:

ESTUDAR A BIOGRAFIA DE JESUS, A PARTIR DOS REGISTROS DE LUCAS.

O AUTOR:

Desde os primeiros cânones da Bíblia Sagrada, como o Cânon Muratório (170-180 d.C.), que é uma das listas mais antigas que se conhece do Novo Testamento, que o terceiro Evangelho é reconhecido como de autoria de Lucas.

Irineu, um dos pais da Igreja, já citava o Evangelho Segundo Lucas em seus escritos, por volta do ano 180 d.C.

Lucas era companheiro e grande amigo do apóstolo Paulo. Único autor gentio incluído entre os escritores do Novo Testamento

LUCAS É O AUTOR DO TERCEIRO EVANGELHO E DO LIVRO DE ATOS, (AT. 1:1). OS DOIS LIVROS MOSTRAM UMA SIMILARIDADE DE ESTILO.

1 FIZ O PRIMEIRO TRATADO, Ó TEÓFILO, ACERCA DE TUDO QUE JESUS COMEÇOU, NÃO SÓ A FAZER, MAS A ENSINAR, (ATOS 1.1)

Lucas pesquisou com cuidado e compôs dois volumes que tratam do cumprimento do plano de salvação.

O ESCRITOR FOI UM COMPANHEIRO DE VIAGEM DE PAULO, ATOS 16. 10-17. 

“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.

 “Esta, seguindo a Paulo E A NÓS, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo”. (Atos 16. 16-17).

“Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas”.    (Colossenses 4. 14).

O EVANGELISTA LUCAS não conheceu Jesus pessoalmente:

“...Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti...” (Lucas 1.2-3).

No caso dos escritos de Lucas, OS DOIS DOCUMENTOS SÃO DIRIGIDOS À MESMA PESSOA: Teófilo.

“Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo”. (Lucas 1.3).

Esse nome se REFERE A UMA PESSOA E O EMPREGO DO ADJETIVO “EXCELENTÍSSIMO” junto com o nome, revela que se trata de alguém de posição importante. Teófilo era possivelmente o patrocinador de Lucas, responsável por mandar copiar e distribuir seus escritos. Dedicatórias como essa da abertura do livro de Lucas eram comuns naquela época.

TEÓFILO É UMA PALAVRA DE ORIGEM GREGA, composta pelas palavras "Theos" - que quer dizer: Deus;

E a palavra "Filos" que quer dizer: Amigo. Então, a palavra Teófilo quer dizer: Amigo de Deus.

No livro de Atos dos Apóstolos, define A PALAVRA TEÓFILO como sendo um tratado, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas ensinar.

Seguindo-se essa interpretação, então Teófilo será uma lista de ensinamentos, no seguimento cristão. Normas e leis celestiais a serem seguidas.

DATAÇÃO:

O evangelho de Lucas foi escrito por volta do ano 60 d.C.

Contudo alguns acham que pode ter sido escrito por volta de 63.

Já outros intérpretes argumentam a favor de uma data entre 75 e 85 d.C., afirmando que algumas passagens de Lucas pressupõem a destruição de Jerusalém, fato ocorrido em 70 d.C. (ex. 19.43; 21.20, 24). Mas essas passagens falam daquilo que era costumeiro quando um exército sitiava uma cidade da época, e não se podem acrescentar novas conclusões além daquilo que foi profetizado por Jesus. Jesus profetizou que as políticas em vigência levariam à ruína da nação no devido tempo.

Com as informações que dispomos a DATA MAIS RAZOÁVEL É NO INÍCIO DOS ANOS 60.


A QUESTÃO ARQUEOLÓGICA.

São diversos os casos em que os estudiosos inicialmente pensaram que Lucas tivesse se enganado em determinada referência, descobertas posteriores, entretanto, confirmaram a correção de seu texto.

Em Lucas 3.1, por exemplo, o evangelista refere-se a Lisânias como tetrarca de Abilene por volta de 27 d.C.

“E no ANO QUINZE do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos presidente da Judéia, e Herodes tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene”. (Lucas 3:1).

Um Tetrarca, a época do Império Romano, em especial, no período de Jesus: era o governador de um quarto de território.

Durante anos os especialistas citavam essa passagem como prova de que Lucas não sabia do que estava falando, uma vez que todo mundo sabia que Lisânias não fora tetrarca, e sim governador de Cálcis cerca de meio século antes. Se Lucas não era capaz de acertar um detalhe tão elementar quanto este, diziam, não se pode confiar em mais nada do que escreveu.

Mais tarde A ARQUEOLOGIA descobriu-se uma inscrição da época de Tibério, de 14 a 37 d.C., em que Lisânias aparece como tetrarca de Abila, perto de Damasco, exatamente como informara. Acontece que havia dois governadores chamados Lisânias.

Eva Souza da Silva Evangelista, Redatora da Revista Compromisso diz o seguinte:

“Se fosse possível resumir a mensagem de Lucas em uma frase, eu me atreveria a dizer: Lucas é o Evangelho que apresenta o misericordioso filho do homem, que oferece a salvação de Deus a todos os povos (Lucas 19.10)”.  

(Revista Compromisso – Ano CIX – nº 431. Edição do Professor. Lucas Pesquisador que Apregoa o Cumprimento do Plano de Deus. Página 07).


I - QUEM FOI LUCAS

Homem crente, cheio do Espírito do Senhor, com ampla visão da necessidade da obra, Lucas empregou seus dons ligados à palavra escrita para proclamar o que sabia a respeito de Jesus Cristo. Ele fora EVANGELISTA, PASTOR e chamado de “médico amado”:

1) O médico amado -  Esse é o tratamento afetivo que lhe dispensa Paulo em Cl. 4:14. Seus pais eram de origem grega. Lucas não fora discípulo de Jesus, em seu ministério. Provavelmente converteu-se com a pregação de Paulo. Por ter amplo vocabulário e dom da comunicação, ao escrever o terceiro Evangelho e Atos, Lucas oferece-nos maior quantidade de informações históricas do que qualquer outro autor do Novo Testamento.

 2) Evangelista e pastor - Lucas foi companheiro nas viagens missionárias do apóstolo Paulo, permanecendo com ele até sua morte, Cl. 4:14; 2Tm. 4:11 e Fm. 24. Lucas ficou em Filipos, na segunda viagem missionária de Paulo, a fim de ajudar a estabilizar a nova igreja ali, At. 16: 40; 17: 1.


II - ASPECTOS BÁSICOS DO LIVRO

a) A chave do livro de Lucas -   O autor diz, na introdução, 1: 1-4, que muitos contemporâneos haviam empreendido a mesma tarefa:

1 Visto que muitos têm empreendido fazer uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram,

2 Segundo no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra,

3 Também a mim, depois de haver investido tudo cuidadosamente desde o começo, pareceu-me bem, ó excelentíssimo Teófilo, escrever-te uma narração em ordem.

4  Para que conheças plenamente a verdade das coisas em que foste instruído.

(Lucas 1.1-4).

O que nos leva a concluir que:

•    Havia, ao tempo do escritor, várias obras que continham relatos de partes da vida e obra de Jesus;
•    Os autores dessas narrações tinham tentado um arranjo sistemático das fontes disponíveis, 1: 1;
•    Estes fatos eram bem conhecidos no mundo cristão;
•    O autor sentia-se tão bem informado e capaz como os outros para escrever sua própria narrativa;
•    Dirigia sua obra a uma pessoa de alta categoria, a quem trata de “excelentíssimo”. Teófilo provavelmente havia sido informado oralmente a respeito de Cristo, mas precisava de mais conhecimentos que o firmassem e o convencessem da verdade.

- Os Gráfico de Agostinho
















- Os Gráfico do Evangelho Sinóticos.
















b) Parábolas.   Das 35 parábolas registradas no NT, 19 são encontradas no Evangelho de Lucas, entre elas: a da figueira estéril, 13; a da grande ceia, da dracma perdida, 15; do administrador infiel, 16; do fariseu e do publicano, 18.

c) A linguagem -    O Evangelho de Lucas é o mais literário de todos. Contém no início quatro belos hinos: 

- o cântico de Maria, 1:46-55, quando foi visitar Isabel; 

- o cântico de Zacarias, uma palavra profética do pai de João Batista, 1:67-79; 

- o cântico dos anjos, 2:14, quando Jesus nasceu e

- o cântico de Simeão, em 2:28-32, ao tomar o menino Jesus nos braços.

d) A paixão do Salvador, 18: 31-23: 56 -  É interessante observar como Lucas, ao relatar os dias finais de Jesus, dá um toque característico de linguagem à última ceia, ao aviso de Jesus a Pedro, ao episódio de suor com sangue, à disposição dos acontecimentos em casa de Caifás, ao comparecimento de Jesus perante Herodes, ao discurso de Jesus às mulheres de Jerusalém, 23:27-31, ao ladrão arrependido, sem alterar a sua marcha nem o seu significado. As simpatias e os sofrimentos humanos foram postos em relevo por Lucas, ao mostrar como o Filho do Homem sofria na cruz em obediência ao Pai.

e) Ao relatar a ressurreição do Salvador, 24:1-53, Lucas o faz de uma forma nova e diferente. A realidade é a mesma dos demais evangelhos, porém a forma como relata a aparição do Cristo ressurreto aos discípulos no caminho de Emaús elimina qualquer dúvida que, porventura, o leitor possa ter quanto ao fato. A inesperada e convencedora manifestação da presença viva de Jesus, sua interpretação das Escrituras e a convicção espiritual que se apossou deles, quando Ele lhes falava, constituía evidência incontestável de que alguma coisa de novo havia acontecido na terra.


III - ENSINOS QUE SE DESTACAM NESTE EVANGELHO
  
O propósito de Lucas ao escrever para os gregos era o de alcançar a maioria dos convertidos através da pregação de Paulo, At. 11:20-21.

As pessoas educadas nessa cultura costumavam glorificar a sabedoria, a beleza e o homem ideal. Quando o evangelho começou a circular, puderam conhecer mais claramente a mensagem universal de Jesus, que assim pode ser resumida:

a) Oferta universal de salvação    - Jesus é o perfeito Deus-Homem que oferece a salvação a todas as nações, Lc. 2: 29-32.

“28 Ele, então, (Simeão) o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse:

29 Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra;

 30 Pois já os meus olhos viram a tua salvação,

31 A qual tu preparaste perante a face de todos os povos;

32 Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel. (Lucas 2:28-32)

É uma oferta universal, pois para Ele não há judeu, nem gentio, nem grego, nem bárbaro, nem escravo, nem livre. Sua obra é uma interpretação viva e completa daquele que tem poder para redimir o homem em qualquer lugar e em qualquer tempo. 

 b) Redentor e salvador -   Lucas descreve Cristo como redentor de todos os que crêem, oferecendo perdão e salvação independentemente do privilégio de uma raça particular ou nação, a saber:

- aos samaritanos, 9: 51-56; 10: 30-37; -

aos pagãos, 2: 32; 3: 6; 4: 25-27;

- aos judeus, 1: 33; 2: 10;

- aos publicanos, pecadores e desterrados, 3: 12; 5: 27-32; 7: 37-50;

- ao povo de modo geral, 7: 36; 11: 37; 14: 1;

- aos pobres, 1: 53; 2: 7; 6: 20; 7: 22;

- aos ricos, 19: 2; - 23: 50;

- a mulheres e a homens.

 c) A doutrina do Espírito Santo - Lucas dá especial atenção à doutrina do Espírito Santo, mais que Mateus e Marcos juntos. Ele nos informa que todos os principais personagens do Evangelho tinham o poder do Espírito Santo para a obra:

- João Batista, 1: 15;

-Maria, 1: 35;

- Isabel 1: 41; Zacarias, 1: 67; Simeão, 2: 25, 26, e o próprio Jesus 4: 1.

Nossa conclusão:

E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lucas 9:23

Hino do Trimestre: 295 CC Tudo Entregarei.

SERÁ QUE ELE NÃO ME OUVIU?

SERÁ QUE ELE NÃO ME OUVIU?

Se você ora; e você ora. Se você espera uma resposta; e você espera. Como fica a questão da oração que fazemos a Deus e não percebemos ou compreendemos a sua resposta.

Duas possíveis interpretações:

- Oração não respondida: Por que Ele não me respondeu?

- Oração respondida: Por que Ele disse não?

Confrontada a realidade de nosso cotidiano com os textos espirituais e bíblicos, como fica então essa questão?

TEXTO: João 14.13-14
“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
 Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. (João 14.13-14).

TEXTO: João 16. 23-24.

E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.

Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.   (João 16.23-24).

É evidente que Jesus está falando sério. Tal afirmação é maravilhosa.

No entanto, a dificuldade é que essa promessa “não perece” ser verdadeira, quando interpretada de forma inadequada.

É gostoso e até mais fácil pregar e dizer: TOME POSSE DESSA PROMESSA.

Por outro lado, é perigoso crer nessa promessa, se a sua forma de “interpretação” estiver equivocada.
Precisamos ser IMPLACALVELMENTE honestos aqui, cada um de nós sabe que, algumas vezes Deus não atende as nossas orações.

Algumas vezes, sabemos que Ele não atende, porque estamos orando e pedindo por COISAS CONTRADITÓRIAS.

- Orar pedindo para que o ônibus saia, enquanto alguém precisa que o mesmo ônibus atrase para não ficar a pé.

- Dois jovens orando para namorarem e se casarem, só que pedem a Deus pela mesma garota.

  Eles pedem para que Deus mude os sentimentos Dela.

- Dois Atletas Cristãos Jogando em times opostos no futebol.

Um Goleiro e um Atacante cristão na hora do pênalti.

Cada um de nós já vivenciou uma experiência assim no dia a dia.

Pedimos algo para glorificar a Deus, oramos com fé, mas Deus não realizou exatamente aquilo que pedimos.

Na escritura temos o exemplo de uma Oração assim:

“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.

Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.

E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”
(2 Coríntios 12. 7-9)

Quando nos deparamos com questões como essa, quase sempre para não ficarmos tão embaraçados com a difícil questão; damos sempre um jeito de respondermos com o nosso típico jeitinho “evangélico” de ser.

Chamamos esse processo de RACIONALIZAÇÃO:

- Um grupo ora numa vigília durante toda a noite, para que um membro da Igreja pudesse sair do leito do hospital.

- No dia seguinte o membro sai do hospital, direto para o local do seu sepultamento.

Conclusão: Graças a Deus, oramos, Deus nos respondeu, e nosso irmão hoje saiu do hospital.

Não seria melhor ser realmente honesto e a luz das palavras de Jesus reconhecer que nestes casos Deus não “Atendeu” as nossas orações.

Sabe irmãos, não creio que as promessas de Jesus sejam vazias, contudo creio que elas precisam ser qualificadas e interpretadas de acordo com o Ensino das Sagradas Escrituras.

Existem obstáculos que se colocam no caminho de nossa relação com Deus. Eles acabam por constituir OBSTÁCULOS À ORAÇÃO RESPONDIDA.

1)    PECADO EM NOSSA VIDA.

Acredito que o obstáculo mais básico que impede a resposta à nossa oração é o pecado não confessado.

Para atender uma oração, Jesus espera que quem esteja orando seja um cristão vivendo na plenitude e no poder do Espírito.

Disso já sabia o Salmista:

“Se eu tivesse guardado iniquidade no meu coração, o Senhor não me teria ouvido”.   (Salmos 66.18)

2)    MOTIVOS ERRADOS.

Muitas vezes, as nossas orações ficam sem resposta, porque os nossos motivos estão errados. São orações motivadas pelo egocentrismo. Centradas as vezes em nossos desejos ego maníacos.

“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.

Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?”.  (Tiago 4.3-4)

3)    FALTA DE FÉ

Jesus deixou bem claro que somente crendo é que a nossa oração pode ser respondida.

“...E tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis”. (Mateus 21.22).

“Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá”. (Marcos 11:24).

Nestes textos a promessa é qualificada de tal forma que a oração deve ser acompanhada pela fé. É preciso ter fé e não duvidar.

Assim nos diz Tiago, ao pedir sabedoria em oração:

“6 Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento.

7 Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor;

8 é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.   (Tiago 1. 6-8).

Se você se sente e se identifica com esse tipo de pessoa, uma boa oração a fazer é:

“Imediatamente o pai do menino exclamou: "Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!”.   (Marcos 9.24).

4)    FALTA DE SINCERIDADE.

Algumas vezes, nossas orações não são respondidas porque, com muita franqueza, realmente não nos preocupamos se elas são respondidas ou não. Ocasionalmente, oramos por algo em algum lugar e logo depois sequer nos lembramos do que de fato pedimos ao Senhor.

Exemplo: Um simples exemplo é quando alguém pede suporte financeiro para um projeto, e você não está disposto a contribuir e para se livrar do sujeito você diz: Eu vou orar por você.

Fazemos isso, como se orar, fosse menos importante do que contribuir, e ao mesmo tempo requeresse esforço menor do que contribuir.

Assinar um cheque, ou pagar um boleto, talvez seja até mais simples do que orar, pois você terá alguém ou um boleto cobrando para que você faça isso. Quando você se compromete a orar, você ora, porque se comprometeu a ajudar aquele projeto em oração. Assinou um contrato verbal com o Senhor e cumpriu. Se você não agiu assim, o que faltou foi sinceridade de sua parte, tanto para com Deus, quanto para com quem você se comprometeu a orar.

5)    FALTA DE PERSEVERANÇA

Intimamente relacionada à sinceridade está a perseverança em oração.

Nossa falta de persistência pode ser a razão por que nossas orações não são atendidas. Desanimamos muito facilmente.

Jesus falou sobre o tema na Parábola do Juiz e da viúva:

“1 Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.
2 Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens.
3 E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’.
4 "Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens,
5 esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’ ".
6 E o Senhor continuou: "Ouçam o que diz o juiz injusto.
7 Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar?
8 Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra? " (Lucas 18.1-8).

Jesus destaca nesta parábola o nosso “dever de orar sempre e nunca desanimar”. (Lucas 18.1).

O mesmo desafio nos faz o Apóstolo Paulo quando nos diz:

“Orem continuamente”. (1 Tessalonicenses 5:17). Orem sem cessar.

Conclusão:

Estes são alguns dos obstáculos que enfrentamos, quando estamos diante das promessas de Jesus sobre a oração:

- Pecado em Nossa vida

- Motivos Errados

- Falta de Fé

- Falta de Sinceridade

- Falta de Perseverança.

Se qualquer um desses obstáculos impede nossas orações, então não podemos reivindicar, com confiança, a promessa de Jesus: “e farei tudo o que pedirdes em meu nome”.  (João 14.13).

Como então deve ser feita essa reivindicação?

Saiba que o seu pedido deve estar de acordo com a vontade de Deus.

“Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve.

E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos”.  (1 João 5:14-15).

Agora sim, conseguimos QUALIFICAR de fato essa promessa.

Compreendemos aqui, que algumas vezes, nossas orações não sejam atendidas, não por causa de alguma falta nossa, mas simplesmente porque Deus sabe melhor do que nós o que deve ser feito.

Nossa perspectiva e sabedorias são limitadas, mas as de Deus são exercidas do ponto de vista de sua onisciência. Ele tudo sabe, Ele tudo vê.

Se você deseja realmente enfrentar esse problema da oração não respondida sugiro, enfrentar o problema de frente:

- Faça um inventário dos obstáculos às orações respondidas.

- Qual é o seu pecado não confessado?

- Qual área de sua vida você tem escondido de Deus?

- Que lugar de sua vida você ainda não abriu para Cristo?

- Será que suas orações não são puramente egoístas?

- Suas orações procuram a Glória de Deus?

- Você acredita realmente que Deus responde suas orações?

- Você persevera no desejo ardente de obter uma resposta de Deus?

Decida hoje por lutar com o Senhor e certamente você terá sempre uma resposta clara de Deus as suas orações:

"Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes". (Gênesis 32.26).

Com base no livro: CRAIG, William Lane. Apologética para Questões Difíceis da Vida. Trad. Heber Carlos de Campos. São Paulo: Vida Nova, 2010. Págs. 47-64

BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ.

50 E Jesus, clamando outra vez COM GRANDE VOZ, rendeu o espírito.

51 E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;


52 E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
53 E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.


54 E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: VERDADEIRAMENTE ESTE ERA O FILHO DE DEUS.   (Mateus 27.50-54).

Continuamos nosso Sermão de hoje, utilizando como base de nossa argumentação o livro: Os Sete Brados do Salvador na Cruz. A. W. Pink.


Na introdução deste livro, seu ator Arthur W. Pink afirma o seguinte:

Vejo nesta introdução dicas importantes sobre como devemos nos aproximar de texto sagrados, como por exemplo, a vida e a morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Devemos ESTUDÁ-LO sim, mas, em oração.

Muitos se aproximam de textos como a vida e a morte de Jesus, de maneira puramente acadêmica e intelectual. Acabam por não se deixar penetrar pelas verdades espirituais neles contidos.

Numa nítida crítica a comportamentos como esse, Gregório, O Grande, fala sobre A INCONGRUÊNCIA que ele percebe ENTRE TEOLOGIA E ÉTICA.

“Existem alguns que investigam preceitos espirituais com perspicaz diligência, mas na vida que eles vivem pisoteiam aquilo em que penetraram por meio do seu entendimento. Apressam-se em ensinar o que aprenderam, não pela prática, mas pelo estudo, e desvirtuam em sua conduta o que ensinam pelas palavras” *

* Gregório, O Grande. Pastoral Care, trad. Henry Davis. In: Ancient Christian Writers, v. 11, ed. Johannes Quasten & Joseph C. Plumpe, New York e Ramsey: Newman, 1978, p. 23-4.

O Papa Gregório I (em latim: Gregorius I), ficou conhecido como Gregório Magno ou Gregório, o Grande. Foi papa entre 3 de setembro de 590 até sua morte, em 12 de março de 604.

Como interessados em conhecer mais sobre a vida e morte de Jesus, devemos através do nosso estudo, buscar construir um conhecimento que cada vez nos aproxime de Deus e nos coloque diante de sua verdade. E sabemos que Jesus Cristo é, o caminho, a verdade e a vida.

BLAISE PASCAL, Filósofo e Matemático francês (1623-1662). Disse o seguinte sobre o conhecimento:

Blaise Pascal, Pensées, trans. A. J. Krailsheimer (London: Penguin Books, 1995), 57.

Ao estudarmos a vida de Jesus, procuremos por significados e sentidos que possam mudar a história de nossas vidas.

Vejam por exemplo os brados de Jesus na Cruz. Quão significativos são os “brados” do Salvador na Cruz. Quanto sentido há em seus “brados” que foram sempre erguidos COM GRANDE voz. (Mt. 27.50)

Os Brados do Salvador evidenciam que:

Primeiro:  A MORTE DE CRISTO FOI NATURAL.

A morte de Cristo foi uma morte real.

“A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela”.  (Atos 2.23-24).

O Sangue que foi derramado sobre o madeiro maldito era divino.

“E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente ATÉ À MORTE, E MORTE DE CRUZ!”. (Filipenses 2.8).

Jesus “provou” a própria morte, e a desafiou quando nos braços de seu Pai entregou o seu Espírito.

“Jesus BRADOU EM ALTA VOZ: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, expirou”. (Lucas 23.46).

Não se pode ter dúvidas de que Cristo realmente morreu naquela Cruz.

“Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. (1 Coríntios 15.3-4).

Segundo: A MORTE DE CRISTO FOI NÃO-NATURAL.

Ela foi anormal.

Ao encarnar, o Filho de Deus tornou-se capaz de sofrer a morte, todavia, não deve ser inferido daí QUE A MORTE TINHA, PORTANTO, UM DIREITO A RECLAMAR SOBRE ELE; LONGE DISSO.

“Porque o salário do pecado é a morte...” (Romanos 6.23).

A grande questão é que Cristo não tinha pecado nenhum.

O Senhor Jesus entrou neste mundo sem contrair a contaminação da natureza humana caída.

 Diferente do homem concebido no pecado:

“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”. (Salmos 51:5).

O filho de Deus é gerado Santo:

“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também O SANTO, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus”. (Lucas 1.35).

E durante sua jornada aqui não cometeu pecado.

“O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano”. (1 Pedro 2:22).

“Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. (1 Pedro 1:19).

A justificativa de sua morte é somente uma: Ele morreu para tirar os nossos pecados.

“E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado”. (1 João 3:5).

Sendo assim, a morte não tinha o direito de reclamar nada sobre Ele.  É por causa disso que reconhecemos que ao morrer um Santo de Deus isso não é e não por ser considerado nada natural.

Terceiro: A MORTE DE CRISTO FOI PRETERNATURAL*.

(*Que ultrapassa o natural; que não é atribuído à natureza)

A sua morte foi marcada e determinada para Ele de antemão. Sabemos e é verdade que Ele era o Cordeiro que foi morto antes da fundação mundo.

“E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO”. (Apocalipse 13.8).

Antes de o pecado entrar no mundo a Salvação havia sido planejada. Foi ordenado que haveria um Salvador.  Um justo seria entregue pelos injustos.

“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”.  (1 Pedro 3.18).

O caráter preternatural da morte de Cristo leva o bom termo de o “sustentáculo da cruz”.

Foi desta forma que Deus decidiu demonstrar a sua justiça “pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus”. (Romanos 3:25)

Não fosse a morte de Cristo Preternatural, ou seja, planejada por Deus antes da fundação do mundo, toda a pessoa pecadora nos tempos antigos, do Antigo Testamento, teria sido lançada no abismo no momento do seu pecado.

Nosso Salvador, Jesus Cristo, é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. (Hebreus 13.8).

“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”. (Mateus 22.32)

Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos. (Lucas 20.38).


Quarto: A MORTE DE CRISTO FOI SOBRENATURAL.

A morte de Cristo foi diferente de qualquer outra morte. Em todas as coisas Cristo tem preeminência.

“E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”. (Colossenses 1:18).

Seu nascimento foi diferente de todos os outros.

Sua vida foi diferente de todas as outras.

Sua morte foi diferente de todas as mortes.

“Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, MAS EU DE MIM MESMO A DOU; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai”.  (João 10.17-18).

O nosso Senhor DEU a sua vida. Ele nunca esteve impotente nas mãos de inimigo algum. Ele se entregou a si mesmo por nós.


CRISTO NÃO FOI CONQUISTADO PELA MORTE, ELE CONQUISTOU A MORTE.

ELE NÃO FOI SEQUESTRADO PELA MORTE.

A saber:  ELE SE ENTREGOU.

“4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, ADIANTOU-SE, e disse-lhes: A quem buscais?

 5 Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles.

 6 Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.

 7 Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno.

 8 Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes;

9 Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi. (João 18.4-9).

JESUS ABRAÇOU SUA MORTE AO ACEITAR TOMAR O SEU CÁLICE.

“Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?”.  (João 18.11).

O SALVADOR ‘BRADOU’ EM ALTA VOZ, CADA UMA DE SUAS CONQUISTAS.

“E perto da hora nona EXCLAMOU JESUS EM ALTA VOZ, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”.  (Mateus 27.46).

Esta foi sua 4ª palavra na Cruz, uma Palavra de Angústia.

Por que Jesus pronunciou esse clamor em ALTA VOZ? Não uma, mas duas vezes:

“E Jesus, CLAMANDO OUTRA VEZ COM GRANDE VOZ, rendeu o espírito. (Mateus 27.50).

O que indicam ESSES BRADOS TÃO ALTOS?

Elas evidenciam que o nosso Salvador, não está exausto, ou mesmo esgotado, que não possa assumir o que na Cruz veio conquistar. Ele ainda é o Senhor de si mesmo.


DEUS HAVIA ENTREGUE A MISSÃO DE REDIMIR A HUMANIDADE NAS MÃOS DE SEU FILHO PODEROSO.

“Então falaste em visão ao teu santo, e disseste: Pus o socorro sobre um que é poderoso; exaltei a um eleito do povo”. (Salmos 89.19).

JESUS FOI FIRME, e fortemente convicto foi capaz de CONQUISTAR cada território que o pecado e a morte nos roubaram.

Vejamos:

“Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede”. (João 19.28).

Veja que evidência maravilhosa do autocontrole do Salvador. “PARA QUE A ESCRITURA SE CUMPRISSE”, Ele disse: Tenho sede.

Não que sede não tivesse! Mas com a intenção primeira de cumprir a Escritura.

Desde os tempos antigos tinha sido predito que eles lhe dariam vinagre misturado com fel.

“Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre”. (Salmos 69.21)

Veja que meticulosamente Cristo cumpre essa pequena faceta de sua trajetória: “PARA QUE A ESCRITURA”, especificamente essa, e não “as Escrituras” no plural, se cumprisse. Neste momento, de forma singular, vemos a conquista e cumprimento de suas profecias.

Essa é prova contundente de que Cristo gradualmente se entregou e de forma sobrenatural, conquistou cada uma de suas promessas, triunfou em cada uma de suas conquistas, até definitivamente vencer a morte.

“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”. (João 19:30).

Está Consumado! A implicação aqui é clara. ATÉ ESTE MOMENTO A CABEÇA DO SALVADOR ESTAVA ERIGIDA. Não foi Jesus um impotente que estava ali desmaiado. Ele decidiu conquistar tudo, era agora o exato momento de destronar o pecado e a morte: Ele inclinou sua cabeça, e ENTREGOU o espírito.

Foi sua entrega total que fez com que o Centurião clamasse:

“VERDADEIRAMENTE, ESTE ERA O FILHO DE DEUS”. (MATEUS 27.54).

Essa é a grande e verdadeira história de Jesus Cristo, esses são os “brados” significativos do Salvador na Cruz.

“Prevendo isso, falou da ressurreição do Cristo, que não foi abandonado no sepulcro e cujo corpo não sofreu decomposição”. (Atos 2.31).



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Resumido e adaptado do Livro: PINK, Arthur Walkington. OS SETE BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ. Trad. Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da Silva. 1ª Ed. São Paulo: Arte Editorial, 2009. Págs 07-12. Originalmente publicado em inglês com o título: The Seven Sayings  of the Saviour on the Cross (1919).

AOS PÉS DE CRISTO


O que significa estar aos pés de Cristo para você?

Em quais situações devemos estar aos pés de Cristo?

Maria (irmã de Marta e Lázaro) é relatada nas Escrituras como estando aos pés de Cristo em três ocasiões e situações distintas. Ela valorizava estar aos pés de Cristo.

TEXTO:  Lucas 10.39; João 11.32 e 12.3

“E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra”. (Lucas 10.39).
“Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”.  (João 11:32).
“Então Maria pegou um frasco de nardo puro, que era um perfume caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume”.  (João 12:3).

O discípulo de Jesus deve ansiar estar e permanecer aos pés de Cristo.

Os textos nos mostram benefícios na vida daqueles que se prostram aos pés de Cristo.

I.) AOS PÉS DE JESUS RECEBEMOS INSTRUÇÃO – (Lucas 10. 38-42).

“E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra”. (Lucas 10.39).

Maria tinha fome das ‘coisas’ espirituais, tinha interesse em dar prioridade às questões espirituais.

“Maria … quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos” (v. 39).

Marta: distraída, muitos afazeres, não usufruiu da comunhão com Cristo e seus ensinamentos, ansiosa, preocupada, afadigada.

Mesmo no trabalho de Reino de Deus as pessoas podem estar tão ocupadas fazendo algo para Jesus que deixam de passar momentos de comunhão com Ele.

É importante se estabelecer corretamente as prioridades!

Você tem fome pelas coisas espirituais, está aos pés de Jesus a ouvir-lhe os ensinamentos? Ou está tão ocupado com os afazeres (mesmo relativos ao Reino de Deus) que não tem tempo para se prostrar aos seus pés?


II.) AOS PÉS DE JESUS RECEBEMOS CONSOLO – JO 11

“Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”.  (João 11.32).

ESTA CONSOLAÇÃO FOI POSSÍVEL porque foi aberta a porta da comunicação. Comunique a Jesus suas necessidades (v. 3). Marta e Maria comunicaram (mandaram comunicar) a Jesus sua necessidade na esperança de que Ele curasse seu irmão!

Veja a prontidão e obediência de Maria (v. 29).

“Ao ouvir isso, Maria levantou-se depressa e foi ao encontro dele”. (João 11.29).

Nota-se uma pontinha de frustração em Marta e Maria (v. 21, 32). Como elas fizeram, precisamos aprender a expressar (com reverência) os nossos sentimentos a Jesus!

Maria foi uma intercessora! (v. 33). O choro de Maria foi uma espécie de intercessão. Jesus já tinha o propósito de ressuscitar Lázaro, mas o choro de Maria o moveu de alguma forma!

Esse milagre (ressurreição de Lázaro) em João mostra que Jesus é o Senhor da vida! Ainda que hoje Ele não ressuscite um ente querido que acabou de partir, Ele o fará na Ressurreição no último dia!

III.) AOS PÉS DE JESUS LHE RENDEMOS ADORAÇÃO – (JO 12.1-8).

“Então Maria pegou um frasco de nardo puro, que era um perfume caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume”.  (João 12:3).

Adoração é dar o melhor a Deus, algo de grande significado (2 Samuel 24.18-25).


“21...e disse: "Por que o meu senhor e rei veio ao seu servo? " Respondeu Davi: "Para comprar sua eira, e edificar nela um altar ao Senhor, para que cesse a praga no meio do povo".

22 Araúna disse a Davi: "O meu senhor e rei pode ficar com o que quiser e ofereça-o em sacrifício. Aqui estão os bois para o holocausto, e o debulhador e o jugo dos bois para a lenha.

23 Ó rei, eu dou tudo isso a ti". E acrescentou: "Que o Senhor teu Deus aceite a tua oferta".

24 Mas o rei respondeu a Araúna: "Não! Faço questão de pagar o preço justo. NÃO OFERECEREI AO SENHOR MEU DEUS HOLOCAUSTOS QUE NÃO ME CUSTEM NADA". Davi comprou, pois, a eira e os bois por cinquenta peças de prata”.  (2 Samuel 24.21-24).

No MAPA DO TERRITÓRIO DOS JEBUSEUS, percebemos que a eira de Araúna, (2 Samuel 24.18), é na verdade hoje, a região onde está situado o local de adoração em Jerusalém. Veja que Davi adorou ao Senhor em com alto preço, num local que historicamente tem hoje, na atualidade, um grande significado.

Não estaria Deus desejoso de ver esse ALTAR de grande significado, sendo reerguido hoje??? Não um templo feito por mãos de homens. Mas, os templos que o adoram ao Senhor em espírito e em verdade.

Adoração é devoção, entrega, rendição, se desarmar, se derramar, não se importar com o que os outros vão dizer, humilhar-se.

Que nossa adoração possa tocar o coração de Deus!

Quando desejamos nos entregar em adoração, é certo que podem surgir pessoas, que como Marta, religiosa e bem intencionada, ou mesmo como Judas, extremamente mal intencionado, querendo objetar, impedir, criticar, questionar nosso ato! Adore assim mesmo!

CLIVE STAPLES LEWIS disse o seguinte:

“Certamente você realizará o propósito de Deus, não importa como esteja agindo, mas faz diferença se você serve como Judas ou como João”.

O que importa é a aprovação divina. Veja Marcos 14.6-9 – Hoje essa palavra se cumpre!

"Deixem-na em paz", disse Jesus. "Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo.

 Pois os pobres vocês sempre terão consigo, e poderão ajudá-los sempre que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão.

 ELA FEZ O QUE PÔDE. Derramou o perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para o sepultamento.

 Eu lhes asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória".   (Marcos 14:6-9).

A verdadeira Adoração sempre será expressa em manifestações de grande Significado.

FRACASSO

Texto: Josué 17.17-18 e Juízes 1.17-19.
Josué:
17 Então Josué falou à casa de José, a Efraim e a Manassés, dizendo: Grande povo és, e grande força tens; não terás uma sorte apenas;
18 Porém as montanhas serão tuas. Ainda que é bosque, cortá-lo-ás, e as suas extremidades serão tuas; porque expulsarás os cananeus, ainda que tenham carros de ferro, ainda que sejam fortes.  (Josué 17.17-18)
Juízes 1:

17 E foi Judá com Simeão, seu irmão, e feriram aos cananeus que habitavam em Zefate; e totalmente a destruíram, e chamou-se o nome desta cidade Hormá.

18 Tomou mais Judá a Gaza com o seu termo, e a Ascalom com o seu termo, e a Ecrom com o seu termo.

19 E estava o Senhor com Judá, e despovoou as montanhas; porém não expulsou aos moradores do vale, porquanto tinham carros de ferro.   (Juízes 1:17-19).

Deus prometeu dar a terra de Canaã às doze tribos de Israel. No texto que acabamos de ler, O SENHOR ESTAVA COM JUDÁ, e assim Judá ocupou a região montanhosa, mas não conseguiu expulsar os habitantes dos vales, pois eles tinham carros de guerra feitos de ferro.

A despeito do Senhor estar com eles, embora conquistassem a terra, ELES FRACASSARAM em derrotar o inimigo deles nas planícies, por causa dos poderosos carros de guerra que possuíam.

Isto não parece fazer sentido algum. Deus estava com eles durante cada momento do seu fracasso.

Como devemos entender tal fracasso?

Qualquer cristão que fracassou alguma vez sabe quão devastadora a experiência pode ser e quais questões ela suscita:

-Onde Está Deus?

-Como Ele deixou isso acontecer?

-Estou fora da sua vontade?

-O que faço agora?

-Deus Realmente se preocupa, Ele existe?

Essas são questões angustiantes. Por isso perguntamos: Qual é o significado do fracasso para um cristão?

Ao pensar no assunto, vamos fazer distinção em dois tipos de fracasso:

- Fracasso na vida cristã.

- Fracasso na vida de um cristão

POR FRACASSO NA VIDA CRISTÃ, quero dizer um fracasso no relacionamento e no andar com Deus que um crente pode ter. Um fracasso desse tipo ocorre devido ao pecado. É essencialmente um problema espiritual, uma questão de fracasso moral e espiritual.

Exemplos:

- Uma recusa em atender ao chamado de Deus (Profeta Jonas).

- Sucumbir à tentação (Eva)

- Se casar no jugo desigual (Sansão).


Por onde passa o fracasso na vida cristã?

“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”. (1 João 2.16).

- O fracasso na vida cristã, passa pela concupiscência da carne (satisfação sexual),

- pela soberba da vida (egoísmo) ou

-pela concupiscência dos olhos (cobiça).

O fracasso na vida de um cristão, que não esteja relacionado a esses elementos, é apenas parte da vida.

Lembre-se que o fracasso na vida cristã rompe a comunhão de uma pessoa com Deus e tem consequências eternas.  Precisamos confessar tais fracassos a Deus, ou seremos julgados por eles.

Qual é a solução para esse tipo de fracasso: Arrependimento, confissão, fé e obediência.

Em seu livro: “Fracasso: a porta dos fundos para o sucesso”, Erwin Lutzer escreve o seguinte:

“O QUE CAUSA O FRACASSO? O que faz um homem chegar ao final de sua vida e admitir que viveu em vão? O que motiva um homem a cometer suicídio por não ser tão dotado quanto os outros?...O que faz um homem pôr  em perigo seu testemunho cristão e ter um caso com a esposa do vizinho? A resposta: Pecado – especificamente o orgulho, a cobiça ou o desejo sexual”. *

“NATURALMENTE, há fracassos sem relação alguma com motivações pecaminosas: um estudante poderia fracassar na escola, um homem poderia fazer um investimento infeliz. Muitas pessoas têm fracassado em seus empregos ou simplesmente não atingem suas metas. Não deveríamos minimizar esse tipo de fracasso, mas com o tempo não é tão sério como o fracasso espiritual”. *

*LUTZER, Erwin. Failure: The back door to success. Chicago: Moody, 1975. Págs. 41-42.

Dr. Erwin W. Lutzer, é o pastor titular da Igreja Moody desde 1980, nasceu e foi criado perto de Regina, Saskatchewan, Canadá.

Por outro lado, O FRACASSO NA VIDA DE UM CRISTÃO não está relacionado a considerações espirituais. Ele não ocorre devido ao pecado na vida de um crente. É apenas a derrota de uma pessoa, cujo propósito é a aquisição de experiências cristãs na vida diária. Esses fracassos são na verdade falhas no curso normal da vida, falhas que acontecem também na vida de pessoas que são cristãs.

Exemplos:

- Um homem cujo o negócio vai a falência.

- Um Atleta amador que não consegue chegar ao Profissional.

- Um estudante cristão jubilado no seu curso.

- Um trabalhador cristão desempregado

Esse é o fracasso mais difícil de compreender. Se alguém tem andado em fé e obediência ao Senhor, como pode essa pessoa ser levada ao abismo do fracasso? De fato é enigmático.

Por muitos anos, tinha o ponto de vista de que os cristãos que andavam na vontade de Deus basicamente não poderiam fracassar. Talvez fosse apenas ingênuo em excesso, mas não creio assim. É preciso muito discernimento neste ponto de nossa interpretação dos termos.

PRECISAMOS DISTINGUIR FRACASSO DE PERSEGUIÇÃO. A Escritura diz que aqueles que tentam viver piedosamente experimentarão perseguição (Mateus 5.10-12).

10 Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;

11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.

12 Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.   (Mateus 5.10-12)

Cristãos que morreram em campos de concentração, perderam seus empregos ou foram discriminados por serem cristãos, certamente não fracassaram em sua missão.

PRECISAMOS DISTINGUIR FRACASSO DE PROVAÇÕES. Os cristãos não estão isentos de provações, ao contrário, tais testes produzem maturidade e resignação. Sem provações seríamos filhos mimados e mal-acostumados.

2 Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações,

3 sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança;

4 e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma. (Tiago 1:2-4).


ENTÃO COMO INTERPRETAR O FRACASSO?

1) A OPÇÃO PELO CAMINHO MAIS FÁCIL.

DESPOVOAMOS SOMENTE AS MONTANHAS. Juízes 1, nós "despovoamos as montanhas" (de inimigos).

19 E estava o Senhor com Judá, e despovoou as montanhas; porém não expulsou aos moradores do vale, porquanto tinham carros de ferro.   (Juízes 1.19).

Isso representa vitória contra os hábitos: a carne, a luxúria - o inimigo dentro do íntimo! Israel estabeleceu os seus altares nos lugares altos, começou a estabelecer a adoração e o louvor, e desistiu do restante da multidão do diabo. Olharam lá embaixo para os 900 carros de ferro e disseram: "O vale pertence ao deus deste mundo. O inimigo pode ficar com ele. Vamos evitar esse local! Permaneceremos aqui em cima e desfrutaremos das bênçãos do topo da montanha.


2) O NÃO ENFRENTAMENTO COM AS QUESTÕES MAIS GRAVES.

NOS RECUSAMOS A DESCER DO PEDESTAL E A ENFRENTAR O NOSSO FRACASSO.

“...porém não expulsou aos moradores do vale, porquanto tinham carros de ferro”.   (Juízes 1.19).

E ESTAVA O SENHOR COM JUDÁ. A vontade de Deus para nossas vidas pode incluir o fracasso?

Chegamos a um momento muito importante, e cremos que sim, a vontade de Deus pode ser o fracasso em algumas questões da nossa vida. Ele pode conduzir você ao fracasso! Isso ocorre porque há coisas que Deus tem de ensiná-los através do fracasso, coisas que ele nunca poderia lhe ensinar através do sucesso.

Muitos fracassam em entender o que o verdadeiro sucesso realmente é. O verdadeiro sucesso não é aquisição de riquezas, poder ou fama. O verdadeiro sucesso repousa na esfera do espiritual ou, para ser mais específico, repousa no fato de conhecer Deus melhor. Em última análise, o importante não é o sucesso aos olhos do mundo, mas o sucesso aos olhos do Senhor.

Ora isso é tanto encorajador como incriminador. Por um lado, é encorajador porque, ainda que fracassemos, o nosso fracasso pode ser a melhor parte do sucesso aos olhos do Senhor. Embora possamos fracassar na tarefa em que estamos empenhados, se respondermos ao fracasso com fé, coragem e dependência na força do Senhor, antes que com desespero, amargura e depressão, somos vistos como sucesso à vista Dele.


COMO LIDAR COM O FRACASSO?

LEMBRE-SE: O fracasso não ocorre por acaso.

PROCURE ENCONTRAR CAMINHOS ATRAVÉS DA ORAÇÃO.

“Os israelitas clamaram ao Senhor, porque Jabim, que tinha novecentos carros de ferro, os havia oprimido cruelmente durante vinte anos”. (Juízes 4:3).

Clamaram os filhos de Israel ao Senhor..." (Juízes 4:3). Ainda é mais forte no original hebraico: "Berraram em uníssono ao Senhor!" Em grupo, desesperadamente clamaram a Deus!

DEUS DISSE: Clama a MIM!!!

Foi a partir da intercessão que chegaram a instruções muito claras:


DEUS DARÁ UM NOVO RUMO.

"Vai, e leva gente ao monte Tabor, e toma contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom" (Juízes 4.6).

Não poderia ter sido mais claro! Como foi específico: vá ao monte Tibor e reuna 10.000 homens! O inimigo vai lhe atacar com carros de ferro no ribeiro Quisom - Deus vai entregar os carros de ferro e todo o exército em suas mãos!


PROSSIGA NA NOVA DIREÇÃO PELO NOVO CAMINHO.

Prossigamos: “Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou...” (Hebreus 10.20)

Dr. William Lane Craig, nos diz o seguinte:


De forma prática o que precisamos é: aprender com nossos fracassos e nunca desanimar. Só porque fracassou não significa que tudo acabou para você. Você nunca ficará acabado somente por fracassar. Você estará acabado somente se você desistir. Mas não desista! Com a força de Deus, recolha os cacos do seu fracasso e, tendo aprendido com eles, prossiga, há um novo caminho e uma nova direção esperando por você. (Pg.76-77)

CRAIG, William Lane. Apologética para Questões Difíceis da Vida. Trad. Heber Carlos de Campos. São Paulo: Vida Nova, 2010.


Depois dos fracassos, tendo aprendido com eles, prossiga, há um novo caminho e uma nova direção esperando por você.

Débora sabia quando se movimentar e como se movimentar. Exatamente naquele dia ela havia ouvido a Deus!

Para ela, aqueles 900 carros de ferro já eram sucata!

"Sísera convocou todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava com ele, de Harosete-Hagoim para o ribeiro Quisom. Então, disse Débora a Baraque: Dispõe-te, porque este é o dia em que o Senhor entregou a Sísera nas tuas mãos; porventura, o Senhor não saiu adiante de ti? Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens, após ele" (Juízes 4:13,14).

Eles oraram por uma tempestade - e foi a chuva que derrubou as carruagens de ferro!

"Desde os céus pelejaram as estrelas contra Sísera, desde a sua órbita o fizeram. O ribeiro Quisom os arrastou, Quisom, o ribeiro das batalhas. Avante, ó minha alma, firme! Então, as unhas dos cavalos socavam pelo galopar, o galopar dos seus guerreiros" (Juízes 5.20-22).

O rio Quisom transbordou pelas suas bordas. Criou-se um enorme pântano. O inimigo se levantou, montou seus carros, e as rodas afundaram mais e mais na lama. Os carros agora eram um risco! Blocos inúteis de ferro. Olhe para o exército de Baraque animadamente subindo pelas carruagens imóveis, despedaçando ruidosamente as rodas, rasgando os arreios. Será que eles não olharam para aqueles carros afundados na lama, inúteis, e disseram: "Nós tínhamos medo disto?"

"E o Senhor derrotou a Sísera, e todos os seus carros, e a todo o seu exército..." (Juízes 4.15).

CRAIG, William Lane. Apologética para Questões Difíceis da Vida. Trad. Heber Carlos de Campos. São Paulo: Vida Nova, 2010. Págs. 65-77.


UM BRADO DE GRANDE EXPECTATIVA

UM BRADO DE GRANDE EXPECTATIVA.

“Jesus BRADOU EM ALTA VOZ: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, expirou”.  (Lucas 23.46)

Tendo dito isso, Expirou! Quanta expectativa contida neste momento.

Esse último ato de Jesus na Cruz, foi um ato de contentamento, fé, de confiança e amor.

A pessoa a quem Ele confiou o precioso tesouro de seu espírito foi seu próprio Pai.

Jesus entregou seu espírito nas mãos do seu Pai, pois sabia que um ato de separação estava prestes a acontecer.

Ao estudarmos a Palavra de Deus, percebemos que o homem natural, carece de uma vida de Santificação em três aspectos distintos:

“Que o próprio Deus da paz os santifique INTEIRAMENTE. Que todo o ESPÍRITO, ALMA E CORPO de vocês seja conservado irrepreensível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.   (1 Tessalonicenses 5:23).

Para ser INTEIRO o homem como um TODO, deve se santificar e existir nestas três dimensões: Espírito, Alma e Corpo.

Há quem veja uma diferença entre alma e espírito, ainda que não seja fácil de afirmar onde não são eles similares entre si.

A. W. Pink, em seu Livro “Os sete brados do Salvador na Cruz”, diz-nos que: “O espírito parece ser o mais elevado panorama de nosso ser complexo”. (pg.135).

Na sua percepção, é isso que distingue o homem das bestas, e que o liga a Deus. “O espírito é aquilo que Deus forma dentro de nós”. 

Conforme interpretação do texto Sagrado no profeta Zacarias:

“Esta é a palavra do Senhor para Israel. Palavra do Senhor, que estende os céus, assenta o alicerce da terra E FORMA O ESPÍRITO DO HOMEM DENTRO DELE”.  (Zacarias 12.1).

Na compreensão veterotestamentária, o espírito é a parte do homem que retorna para Deus:

“..o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu”.  (Eclesiastes 12.7).

O que percebemos neste Brado do Salvador, é que Ele pôs seu espírito NAS MÃOS DO PAI, e isso foi um ato de fé, um ato de entrega total: “...Pai em tuas mãos ENTREGO o meu espírito...”.

A intenção clara de Jesus neste momento, é ser um exemplo para todo o seu povo.

“Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos”. (1 Pedro 2:21).

HÁ GRANDES EXEMPLOS, contidos neste brado do Salvador.

SOMOS SABEDORES QUE 7 SÃO OS BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ.

Sete é o número da inteireza e perfeição. No calvário também estamos diante da soberania e da perfeição de Deus.

Sete representa também o descanso e a conclusão da obra.

“No sétimo dia Deus já HAVIA CONCLUÍDO A OBRA que realizara, e nesse dia descansou”. (Gênesis 2.2).

Que figura o calvário nos revela: Uma obra foi confiada a Cristo para que pudesse executá-la.

Exatamente como na criação, que no SEXTO DIA viu o término e a conclusão da obra das mãos do criador:

“ E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o SEXTO DIA.  Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há. (Gênesis 1.31; Gênesis 2.1).

Assim também, Jesus Cristo, o autor da nova criação, promulga por decreto em Alta Voz, no SEXTO BRADO: “Está consumado! ". (João 19.30).

A soberania e a perfeição de Deus podem ser encontradas por todos os lados desta narrativa.

Agora também, como na criação após o sexto dia, como na crucificação após o sexto brado, chegamos na criação ao dia sétimo, e na crucificação ao sétimo brado: É hora de descansar. O Criador dos céus e da terra, descansou após a obra da criação. O Salvador também descansa nas mãos poderosas de seu Pai.

“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". TENDO DITO ISSO, EXPIROU”.

É concluído o sétimo brado do Salvador.


SÃO 7 OS BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ.

Três vezes fala ao Próprio DEUS:

1ª - PALAVRA DE PERDÃO: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23.34)

4ª - PALAVRA DE ANGÚSTIA: “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. (Mateus 27:46).

7ª - A PALAVRA DE CONTENTAMENTO: “E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou”. (Lucas 23.46).

Três vezes fala AOS HOMENS:

2ª- PALAVRA DE SALVAÇÃO: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lucas 23. 42-43)

3ª- PALAVRA DE AFEIÇÃO: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho”.  (João 19:25-26).

5ª- PALAVRA DE SOFRIMENTO: “Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede”. (João 19:28)

Três vezes fala aos homens, três vezes fala a Deus e por fim, uma vez:

FALA AOS OUVIDOS DE DEUS, DOS HOMENS, DOS ANJOS E DO DIABO. Ele brada com triunfo: ESTÁ CONSUMADO!!

6ª - A PALAVRA DE VITÓRIA: “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado”. (João 19:30).

A vitória de Jesus na cruz, deve e precisa ser celebrada. Quantas conquistas Cristo alcançou naquela CRUZ.

“...e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, TRIUNFANDO SOBRE ELES NA CRUZ”.  (Colossenses 2.15).

Os brados de Jesus não são sem motivo, na verdade, é o seu requerimento verbal para que se estabeleça o que Ele, Jesus Cristo, veio conquistar.

Seu sétimo brado, faz cumprir uma profecia:

“1- Em ti, Senhor, me refugio; nunca permitas que eu seja humilhado; livra-me pela tua justiça.

 2- Inclina os teus ouvidos para mim, vem livrar-me depressa! Sê minha rocha de refúgio, uma fortaleza poderosa para me salvar.

3- Sim, tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por amor do teu nome, conduze-me e guia-me.

4- Tira-me da armadilha que me prepararam, pois tu és o meu refúgio.

5- NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO; resgata-me, Senhor, Deus da verdade.” (Salmos 31.1-5).

Não há nada sem conectividade no Reino de Deus. Tudo está interligado no projeto único e soberano de Deus.

Para cada BRADO de Jesus: Uma vitória está sendo declarada e uma conquista está sendo anunciada.
Na sua, 1ª - PALAVRA DE PERDÃO: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23.34), se cumpriu o que disse o profeta Isaías:

“Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porquanto ELE DERRAMOU SUA VIDA ATÉ À MORTE, e foi contado ENTRE OS TRANSGRESSORES. Pois ele carregou o pecado de muitos, E INTERCEDEU PELOS TRANSGRESSORES”. (Isaías 53.12).

Na sua, 2ª - PALAVRA DE SALVAÇÃO: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lucas 23. 42-43), se cumpriu a palavra do anjo dita a José:

“Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele SALVARÁ O SEU POVO DOS SEUS PECADOS". (Mateus 1.21).

Na sua, 3ª - PALAVRA DE AFEIÇÃO: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho”.  (João 19:25-26), se cumpriu a palavra de Simeão para Maria:

“E Simeão os abençoou e disse a Maria, MÃE DE JESUS: "Este menino está destinado a causar a queda e o soerguimento de muitos em Israel, e a ser um sinal de contradição, de modo que o pensamento de muitos corações será revelado. QUANTO A VOCÊ, UMA ESPADA ATRAVESSARÁ A SUA ALMA". (Lucas 2:34-35).

Quanta dor na alma dessa mãe!

Na sua, 4ª- PALAVRA DE ANGÚSTIA: “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, DEUS MEU, DEUS MEU, POR QUE ME DESAMPARASTE?”. (Mateus 27:46), se cumpriu a aflição do Salmista:

“MEU DEUS! MEU DEUS! POR QUE ME ABANDONASTE? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia?”. (Salmos 22:1).

Na sua, 5ª- PALAVRA DE SOFRIMENTO: “Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede”. (João 19:28), vemos a identificação de Jesus, narrada no sofrimento do Salmista:

“Puseram fel na minha comida e para matar-me a sede deram-me vinagre”. (Salmos 69.21).

Na sua, 6ª- A PALAVRA DE VITÓRIA: “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado”. (João 19:30), encontramos quase as mesmas palavras do Salmista:

“Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ELE O FEZ”. (Salmos 22:31).

Se podemos verter aqui o hebraico: Ele consumou”, a saber, a obra da expiação.

Por fim, Jesus orou e deu a 7ª- A PALAVRA DE CONTENTAMENTO: “E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou”. (Lucas 23.46). Cumprindo o Salmo:

“Nas tuas mãos entrego o meu espírito; resgata-me, Senhor, Deus da verdade”. (Salmos 31.5).

Quantas maravilhas Há na Cruz! Como alcançar cada uma delas?

No primeiro Brado de Jesus: “Pai Perdoa-lhes”.

Em seu último Brado: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.

Como é precioso perceber a presença do Pai do início ao fim de nossa jornada.

O pecado, que separa o homem de Deus, nos impulsiona para o Brado desesperador: “...DEUS MEU, DEUS MEU, POR QUE ME DESAMPARASTE?”. (Mateus 27.46).

A fé e a confiança, nos impulsionam ao Brado confortador: “Meu espírito está entregue em suas mãos”.

E VOCÊ? O QUE VAI DIZER DIANTE DA CRUZ?

Hoje você é convidado a beber este cálice: “...Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu? " (João 18:11).

Mesmo no vale sombrio, você poderá confiar:

“...Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, PORQUE TU ESTÁS COMIGO; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, O MEU CÁLICE TRANSBORDA”. (Salmos 23.4-5)

Na seu último Brado, Jesus se mostra seguro e confiante nas mãos de seu PAI.

Está é sua última lição na cruz, deixada para cada um de nós, que somos também seus filhos.

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus”. (1 João 3.1).

Nas narrativas da crucificação, somos lembrados que Cristo passou mais de 12 horas NAS MÃOS DOS HOMENS:

“Ora, achando-se eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do homem SERÁ ENTREGUE NAS MÃOS DOS HOMENS; E matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará. E eles se entristeceram muito”. (Mateus 17.22-23).

“Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e O FILHO DO HOMEM SERÁ ENTREGUE NAS MÃOS DOS PECADORES”. (Mateus 26.45).

Foi morto pelas mãos de Injustos:

“A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e MATASTES PELAS MÃOS DE INJUSTOS”. (Atos 2.23).

Se durante todo este tempo Jesus esteve entregue nas mãos dos ímpios, na sua última hora na Cruz, Cristo Jesus está se colocando em boas mãos:

“PAI, NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO”.

Que contraste temos neste momento! Nunca mais Jesus estará nas mãos dos homens. Ele agora está seguro nas mãos de seu Pai. Não mais a vergonha, não mais o escárnio, não mais a humilhação!

QUE SEGURANÇA!

Apenas três dias após se colocar nas mãos do Pai, JESUS FOI RESSUSCITADO DENTRE OS MORTOS.

ELE RESSUSCITOU!

Eis a tão esperada expectativa contida neste Brado.

Deus sempre cuida bem de tudo que entregamos em suas mãos.

Aquele que foi julgado (...Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso. E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos. Então soltou-lhes Barrabás, e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado. (Mateus 27:24-26).

Ele que nos Julgará (...Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino”. (2 Timóteo 4:1).

O espírito de Jesus foi entregue em boas mãos.

E o seu?

Muitos entregam seu espírito aos homens ímpios. Fazem com eles pactos terríveis. Outros há que se entregam nas mãos de lideranças espúrias e duvidosas.

É muito importante saber em quem você tem crido:

“...porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia. (2 Timóteo 1:12).

Quantos desejam morrer a morte de um justo, sem contudo nunca ter vivido como um deles:
Disse Balaão: “Quem pode contar o pó de Jacó ou o número da quarta parte de Israel? Morra eu a morte dos justos, e seja o meu fim como o deles! " (Números 23.10).

Morrerão justificados somente aqueles cujas vidas estão nas mãos de Deus.

“Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, (Hebreus 9:27).

Como estar seguro?

“Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; NINGUÉM AS PODERÁ ARRANCAR DA MINHA MÃO.

 Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; NINGUÉM AS PODE ARRANCAR DA MÃO DE MEU PAI. (João 10:28-29).

“Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que ele dissera: "NÃO PERDI NENHUM DOS QUE ME DESTE". (João 18:9).

A MÃO DO PAI É LUGAR DE SEGURANÇA ETERNA.

Alguns preferem sustentar e segurar suas vidas com suas próprias mãos:

- Quem se moveu apenas por um encontro superficial de “reavivamento”, aguenta pouco tempo e logo cai.

- Aqueles que confiam no poder de suas resoluções e vontades, logo fracassam e seu último estado é quase sempre pior que o primeiro.

- Os que se deixam persuadir pelos bem intencionados, e que apenas “se juntam” a igreja, com frequência apostatam da verdade da fé.

Só permanecem aqueles que verdadeiramente ENTREGAM seu espírito nas mãos Deus.

Lembre-se que o nosso Salvador estava na cruz rodeado por uma multidão de escarnecedores e mesmo assim, manteve firme a sua comunhão com o Pai.

Tal como Sadraque. Mesaque e Abdinego na fornalha ardente;

Tal como Daniel na cova dos leões;

Tal como Paulo e Silas no cárcere em Filipos.

Você também pode hoje manter a sua comunhão com o Pai e entregar a sua vida nas mãos de Deus.

O que este texto de fato nos ensina, é que existe comunhão com Deus na hora da morte. Sendo assim, o cristão não precisa estar apavorado.

"Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão? "

 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.

 Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.  (1 Coríntios 15:55-57).

ENTREGUE hoje a sua vida nas mãos de Deus e confie no poder de sua ressurreição:

“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; E EU O RESSUSCITAREI NO ÚLTIMO DIA”. (João 6.44).

Se você decidir seguir por outro caminho lembre-se: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. (Hebreus 10.31).

CREMOS, que nosso espírito interior é nosso maior tesouro, maravilhoso será vê-lo guardado nas mãos do Salvador.

Quando você morrer, certamente cuidarão do seu corpo e darão a ele um destino e lugar. Você nada poderá fazer pelo seu corpo. Já estará morto.

Pense hoje o que você fará com sua alma. Jesus decidiu: Entregou nas mãos do seu Pai o seu espírito. E você o que vai fazer?

A minha oração hoje é a seguinte: “Senhor, proteja a jóia (espírito) de minha alma, quando o cofre (corpo) estiver todo quebrado”.

Meu amigo, se não consegues cuidar de ti mesmo em vida, quanto mais na morte. Sua alma está sempre sob grandes ameaças. O mundo, a carne e o diabo lutam contra você. A mão do Pai será sempre o nosso porto seguro, a mão do Pai é o verdadeiro céu do coração.


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Resumido do livro: PINK, Arthur Walkington. OS SETE BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ. Trad. Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da Silva. 1ª Ed. São Paulo: Arte Editorial, 2009. Págs. 135- 49. Originalmente publicado em inglês com o título: The Seven Sayings  of the Saviour on the Cross (1919).