O CRISTÃO E A POLÍTICA






INTRODUÇÃO

Todo mundo já sabe que é grande, profunda e crônica a decepção com os políticos. Uma onda de descrédito com os políticos varre a nação.


- A PALAVRA DE ORDEM NA POLÍTICA É CORRUPÇÃO

Somos herdeiros de uma cultura extrativista. Nossos colonizadores vieram para o Brasil com a intenção de tirar proveito.

- Rui Barbosa alertou para o perigo das ratazanas que mordiam sem piedade o erário público, perdendo a capacidade de se envergonhar com isso.

Ruy Barbosa de Oliveira (Salvador, 5 de novembro de 1849 " Petrópolis, 1 de março de 1923) foi um jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador brasileiro.

Sobre o assunto ele disse:

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.  (Rui Barbosa).

Infelizmente, a maioria dos políticos se capitulam a um esquema de corrupção, de vantagens fáceis, de fisiologismo, nepotismo, enriquecimento ilícito, drenando as riquezas da nação, assaltando os cofres públicos e deixando um rombo criminoso nas verbas destinadas a atender às necessidades sociais. As campanhas milionárias já acenam e pavimentam o caminho da corrupção.

SENDO ASSIM, ABANDONAN-SE OS IDEIAS POLÍTICOS PARA SE PRATICAR A POLITICALHA. Sabe a diferença?

“Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam com a outra. Antes se negam, se repulsam mutuamente. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada".  (Rui Barbosa).

O resultado da corrupção, da má administração, da ganância insaciável pelo poder é que somos a oitava economia do mundo, mas temos um povo pobre, com mais de 50 milhões vivendo na pobreza extrema.

Diante desse quadro, muitos evangélicos ficam também desencantados com a política e cometem vários erros, como por exemplo o de acreditar e aceitar que:

- “Política é pecado”. 

- “Política é coisa do diabo”. 

- “O cristão não deve participar de política”. 

- “O cristão deve ser apolítico”.

- “Toda pessoa que se envolve com política é corrupta”.

- “Todo crente que se envolve com política acaba se corrompendo”.

- “A política é mundana e não serve para os crentes”.

“Não adianta fazer coisa alguma; devemos pregar o evangelho e aguardar o retorno do Senhor”.

Em outro lado e fazendo parte de outro grupo estão os que cometem outros erros:

- “Irmão sempre vota em irmão”.

-“Todo crente é um bom político”.

- “Político evangélico deve lutar apenas pelas causas evangélicas”.

- “O púlpito transforma-se em palanque político”.

- “A igreja troca voto por favores”.

Uma igreja que troca voto por favores, vende o seu voto.

Cuidado: Não venda SEU VOTO. Ele não tem preço.

VÍDEO NÃO VENDA SEU VOTO.
https://www.youtube.com/watch?v=bQxqQxMLsiw&list=UU1kilS1DdyYOEGItHPRukBw&index=51

I. A LEGITIMIDADE DA POLÍTICA À LUZ DA PALAVRA DE DEUS

1. “Não se deve pôr em dúvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações” – João Calvino

2.  LER : Romanos 13.1-7

1 Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas.

2 Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.

3 Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá.

4 Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal.

5 Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência.

6 É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho.

7 Dêem a cada um o que lhe é devido: Se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra. (Romanos 13:1-7).

O poder civil é ministro de Deus para promover o bem e coibir a mal. Toda autoridade constituída procede de Deus e deve agir em nome de Deus. Quando ela se desvia pode e deve ser desobedecida e Deus mesmo a julga por sua exorbitância.

Traduzindo: “O texto significa que esta grandeza que designamos como “autoridade” – como qualquer outra grandeza humana, temporal, material, - é medida em Deus; Deus é o seu princípio e o seu fim, sua justificação e o seu juízo, seu SIM e seu NÃO.” 

“..Então chegaremos depressa à conclusão de que a “ordem existente” – a “autoridade” constituída – é realmente má e somente má perante Deus, se nele ela for medida”. (BARTH, Karl. Carta aos Romanos. Novo século, 1999.  Pg. 744)

[...] Deus ordenou o Estado como autoridade delegada, não autônoma. O Estado deve ser agente da justiça, para restringir o mal castigando o malfeitor, e proteger o bem na sociedade [Rm 13.1-4]. Quando se faz o contrário, ele não possui autoridade correta. Torna-se, então, uma autoridade usurpada e como tal, sem lei e tirânica.

(SCHAEFFER, Francis. Manifesto Cristão. Brasília: Refúgio, 1985, pp. 86-88.)

LEIAMOS 1 PEDRO 2. 13-17.

“13 Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;

14 Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.

15 Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos;

16 Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus.

17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei”.

(1 Pedro 2:13-17)

[1 Pe 2.13-17] Pedro está dizendo aqui que a autoridade civil deve ser honrada e que Deus deve ser temido. O Estado, conforme ele o define, deve punir os que fazem o mal e recompensar aqueles que fazem o bem. Se não for assim, desmorona toda a estrutura. Claramente o Estado deve ser um ministério de justiça. Esta é a função do Estado, e dentro dessa estrutura os cristãos devem obedecer-lhe como questão de “consciência” (Rm 13.5).

(SCHAEFFER, Francis. Manifesto Cristão. Brasília: Refúgio, 1985, pp. 86-88.)

3. Homens de Deus exerceram o papel político em momentos críticos da história e foram divisores de água: José, Moisés, Josué, Gideão, Davi, Salomão, Josafá, Ezequias, Josias, Daniel, Neemias. Esses homens exercem o poder público com lisura, honradez e sabedoria.

4. ARISTOTELES AFIRMA QUE O HOMEM É UM SER POLÍTICO. O homem pode ser apartidário, mas nunca apolítico. Tentar ser apolítico é cair no escapismo.

- O ENVOLVIMENTO NA POLÍTICA É DEVER DE TODO O CRISTÃO.

5. Politicamente podemos classificar as pessoas em: 

1) alienadas; 

2) conscientizadas; 

3) engajadas.

II. A POLÍTICA NA HISTÓRIA BÍBLICA

1. No Velho Testamento – Do Patriarcado à Monarquia. Do Reino Unido ao Reino Dividido.

2. No Novo Testamento – Os partidos nos dias de Jesus: 

1) Fariseus; 

2) Saduceus; 

3) Herodianos; 

4) Zelotes; 

5) Essênios.

3. A igreja e a política na Idade Antiga – Os imperadores

O Império Romano manteve as instituições políticas e as tradições da República Romana, incluindo o senado e as assembleias.

CALÍGULA E O CAVALO DE ROMA – A história não foi complacente com Calígula, o detentor de um reinado tão curto quanto violento no primeiro século de nossa era, em Roma. Ele permaneceu no poder de março de 37 até seu assassinato, em janeiro de 41. Foi o terceiro imperador romano, membro da dinastia júlio-claudiana, iniciada por Augusto.

A desmoralização por lá chegou a tal ponto que o imperador Calígula, neto de Tibério, resolveu escarnecer do Senado e nomear seu cavalo Incitatus como senador de Roma. Na época, o Senado demonstrava merecer tal fato, tal era o nível dos seus ocupantes e a devassidão em que viviam no Senatus Populus que Romanus.

O Cavalo de Roma de nome Incitatus, não era um cavalo comum, afinal, diz Suetônio, escritor daquele tempo. Tinha cerca de dezoito criados pessoais, era enfeitado com um colar de pedras preciosas e dormia no meio de mantas de cor púrpura, que era a cor destinada aos trajes imperiais, um monopólio real. Tanto assim, que lhe foi dedicada uma estátua em tamanho real de mármore com um pedestal em marfim.

4. A igreja e a política no tempo dos Reformadores – A ética social de Calvino

“Nem é isto obscuro do fundamento previamente lançado, pois ocupam esta posição, à qual os elevou o Senhor, com eles compartilhada uma parcela de Sua honra. Portanto, a sujeição que é para com eles exibida deve ser um passo para que seja contemplado de honra esse Pai Supremo. Pelo que, se nos instigam à transgressão da Lei, então, com justiça, não devem ser por nós havidos por pais, mas por estranhos, que nos estão tentando afastar da obediência do verdadeiro Pai. Assim se deve considerar em relação aos príncipes, aos senhores e a todo gênero de superiores nossos. Pois é afrontoso e irrazoável que ao rebaixar a excelsitude de Deus prevaleça a eminência destes, eminência que, uma vez que depende daquela, portanto, para com ela nos deve conduzir”.
(CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã, II, viii. Trad. Waldyr Carvalho Luz. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1985, pg. 38)

III. PRINCÍPIOS DE DEUS QUE DEVEM REGER A POLÍTICA

1. O povo de Deus precisa ter critérios claros na escolha de seus representantes– (Dt 17.14-20).

“Se quando entrarem na terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá, tiverem tomado posse dela, nela tiverem se estabelecido, vocês disserem: "Queremos um rei que nos governe, como têm todas as nações vizinhas",

tenham o cuidado de nomear o rei que o Senhor, o seu Deus, escolher. Ele deve vir dentre os seus próprios irmãos israelitas. Não coloquem um estrangeiro como rei, alguém que não seja israelita.

Esse rei, porém, não deverá adquirir muitos cavalos, nem fazer o povo voltar ao Egito para conseguir mais cavalos, pois o Senhor lhes disse: "Jamais voltem por este caminho".

Ele não deverá tomar para si muitas mulheres; se o fizer, desviará o seu coração. Também não deverá acumular muita prata e muito ouro.

Quando subir ao trono do seu reino, mandará fazer num rolo, uma cópia da lei, que está aos cuidados dos sacerdotes levitas para o seu próprio uso.

Trará sempre essa cópia consigo e terá que lê-la todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor, o seu Deus, e a cumprir fielmente todas as palavras desta lei, e todos estes decretos.

Isso fará que ele não se considere superior aos seus irmãos israelitas e a não se desvie da lei, nem para a direita, nem para a esquerda. Assim prolongará o seu reinado sobre Israel, bem como o dos seus descendentes”.  (Deuteronômio 17.14-20)

O cristão de hoje deve ter por balizamento o Reino de Deus e os valores do seu Reino.

“Ter o Reino de Deus como baliza para o exercício cidadão do nosso voto e mesmo da nossa atuação política traz, naturalmente, imperiosas implicações. Compreendê-lo como já estando presente, aqui e agora, implica ver nosso ato de votar como um canal da concretização deste mesmo Reino. Votar bem é tão importante para este país quanto orar por ele. Saramos nossa terra das suas doenças, também, exercendo de maneira plena e cidadã nosso legítimo direito de escolher os melhores representantes”.   (Eduardo Pedreira. (Revista Cristianismo Hoje, edição 42, anos 7. Pp. 29-31.).

Buscamos por pessoas apontadas por Deus e não pessoas estranhas.

Pessoas que não se dobrem diante da sedução do PODER, SEXO, DINHEIRO.

Todo cristão deve pensar bem antes de votar.

"...um coração duro não é uma proteção infalível contra um miolo mole".  (C.S. LEWIS - A Abolição do homem; pg.12)

2. O povo de Deus não deve ser omisso na questão da política – Dt 28:13.

O Senhor fará de vocês a cabeça das nações, e não a cauda. Se obedecerem aos mandamentos do Senhor, do seu Deus, que hoje lhes dou e os seguirem cuidadosamente, vocês estarão sempre por cima, nunca por baixo.   (Deuteronômio 28.13).

A atitude de omissão não corresponde aos princípios de Deus nem à expectativa de Deus.

O cristão preparado está em vantagem para governar – Pv 28:5; 26:1

“Os homens maus não entendem a justiça, mas os que buscam ao Senhor a entendem plenamente”. (Provérbios 28.5).

“Como neve no verão ou chuva na colheita, assim a honra é imprópria para o tolo”.  (Provérbios 26.1).

O cristão não pode associar-se com pessoas inescrupulosas – Sl 94:20; Pv 25:26.

“Poderá um trono corrupto estar em aliança contigo? um trono que faz injustiças em nome da lei? (Salmos 94.20).

“Como fonte contaminada ou nascente poluída, assim é o justo que fraqueja diante do ímpio”.  (Provérbios 25:26).

3. O povo de Deus precisa votar em representantes que amem a justiça – Pv 31:8,9.

"Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o defensor de todos os desamparados.

Erga a voz e julgue com justiça; defenda os direitos dos pobres e dos necessitados".   Provérbios 31:8-9

O povo não está trabalhando em favor do político, mas o político em favor do povo.

O político precisa olhar com especial atenção para os pobres e necessitados, ou seja, precisa ter uma política social humana e justa.

O povo de Deus Precisa votar, e na hora de votar:

“... é necessário assumir a responsabilidade da pesquisa, da busca da informação, da necessária diligência a fim de fazer do nosso clique na urna eletrônica o poder capaz de mudar um país. Votar bem e votar certo só é possível quando se desenvolve uma visão crítica daqueles que se apresentam em busca de nosso voto, e não transferindo aos líderes eclesiásticos - sejam eles quem forem - a última palavra de nos dizer em quem votar”. 
Eduardo Pedreira. (Revista Cristianismo Hoje, edição 42, anos 7. Pp. 29-31.

IV. O PERFIL DE UM POLÍTICO SEGUNDO OS PRINCÍPIOS DE DEUS.

Para votar bem será preciso buscar o melhor perfil que você puder encontrar. Escolher bem antes de votar é tudo.

Tem gente que escolhe tão mal que se a Urna Falasse diria: 

- Tem certeza que vai votar nesse candidato?

Vídeo 3: Escolha bem seu candidato.
https://www.youtube.com/watch?v=bkp2Nf-wjNQ&list=UU1kilS1DdyYOEGItHPRukBw&index=49

Vamos ao Perfil:

1. Vocação – John Mackay diz que a distribuição de vocações é mais importante do que a distribuição de riquezas.

Calvino entendia que o poder civil é uma sacrossanta vocação.

Há pessoas dotadas e vocacionadas para o poder público. Uma pessoa não está credenciada para ser um bom candidato apenas por ser evangélica. Exemplo: José do Egito – Sempre foi líder em casa, na casa de Potifar, na prisão, no trono.

2. Preparo intelectual – O lider político precisa ser uma pessoa preparada. Ele precisa ter independência para pensar, decidir e lutar pelas causas justas. Ele não pode comer na mão dos outros. Ele não pode ser um refém nas mãos dos espertos. Exemplo: Moisés – Moisés se preparou 80 anos para servir 40. Ele aprendeu a ser alguém nas Univerdades do Egito. Ele aprendeu a ser ninguém nos Desertos da Vida. Ele aprendeu que Deus é Todo-Poderoso na liderança do povo.

3. Caráter incorruptível – A maioria dos políticos sucumbem diante do suborno, da corrupção e vendem suas consciências. Há muitos políticos que são ratazanas, sanguessuga. Há muitos políticos que são lobos que devoram o pobre. Há muitos políticos que decretam leis injustas. O político precisa ser honesto e irrepreensível. Exemplo: Daniel – Ele era sábio. Ele era lider. Ele era incorrupto. Ele era piedoso. Ele não era vingativo. Um exemplo oposto é ABSALÃO. Ele era demagogo e capcioso. Ele furtava o coração das pessoas com falsas promessas.

4. Coragem – O político não pode ser uma pessoa covarde e medrosa. Ele precisa ser ousado. Neemias é o grande exemplo: 1) Ele ousou fazer perguntas; 2) Ele se viu como resposta de Deus resolver os problemas do seu povo; 3) Ele agiu com prudência e discernimento; 4) Ele mobilizou o povo para engajar-se no trabalho com grande tato; 5) Ele enfrentou os inimigos com prudência. Exemplo: Winston Churchil.

- Não temer denunciar os erros dos poderosos – Samuel denunciou os pecados de Saul (1 Sm 15:10-19). Natã não se intimidou de denunciar o pecado de Davi. João Batista denunciou Herodes.

5. Visão – O político precisa ser um homem/mulher de visão. Ele precisa enxergar por sobre os ombros dos gigantes. Ele vê o que ninguém está vendo. Ele tem a visão do passado, do presente e do futuro. Ele antecipa soluções. Exemplo: José do Egito, Calvino. Veja Pv 11:14. Ester esteve disposta a morrer pela causa do seu povo.

“Sem diretrizes a nação cai; o que a salva é ter muitos conselheiros”. (Provérbios 11:14).

6. Capacidade Administrativa – Há políticos que são talhados para o executivo e outros para o legislativo. Colocar uma pessoa que não tem capacidade gerencial para governar é um desastre. Exemplo: Neemias – ele revelou capacidade de mobilizar pessoas, resolver problemas, encorajar, e colocar as pessoas certas nos lugares certos para alcançar os melhores resultados.

 - Capacidade de contornar problemas aparentemente insolúveis – O líder é alguém que vislumbra saídas para problemas aparentemente insolúveis. Exemplo: Davi – 1) Ele viu a vitória sobre Golias quando todos só olhavam para derrota; 2) Ele ajuntou 600 homens amargurados de espírito e endividados e fez deles uma tropa de elite; 3) Ele reanima-se no meio do caos e busca força para reverter situações perdidas – 1 Samuel 30:6.

“Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme”. (Provérbios 29.2).

Quando o espinheiro governa. (citação bíblica: Juízes 9.8-15).

Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei, e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós.

Porém a oliveira lhes disse: Deixaria eu a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores?

Então disseram as árvores à figueira: Vem tu, e reina sobre nós.

Porém a figueira lhes disse: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, e iria pairar sobre as árvores?

Então disseram as árvores à videira: Vem tu, e reina sobre nós.

Porém a videira lhes disse: Deixaria eu o meu mosto, que alegra a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores?

Então todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu, e reina sobre nós.

E disse o espinheiro às árvores: Se, na verdade, me ungis por rei sobre vós, vinde, e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano.   (Juízes 9:8-15).

As primeiras árvores não queriam governar, pois não consideraram o reinado sobre suas semelhantes maior que a missão de produzir. Pensavam que acabariam estéreis e preferiam incumbir-se da obra que sabiam fazer muito bem. Por sua vez, o espinheiro, que não produz frutos mas espinhos, prontamente aceitou o governo. Talvez o oportunista houvesse esperado a vida toda para reinar… Tendo escolhido o seu rei, e se colocado debaixo de sua “sombra”, as demais árvores não poderiam reclamar das espinhadas. E o tirano está disposto a atirar “fogo” contra aqueles que não se “refugiam” debaixo dele, até mesmo contra aqueles que, notoriamente, são muito melhores e maiores. Geralmente é assim quando o espinheiro governa.

CONCLUSÃO

1) Como votar? Devemos escolher um candidato pela sua vocação, preparo, caráter, compromisso com o povo e propostas: Há coisas básicas: saúde, educação, emprego, segurança, moradia, progresso. Se temos pessoas evangélicas com esse perfil, demos a elas prioridade em nosso voto. Mas seria irresponsabilidade votar numa pessoa apenas por ser evangélica se ela não tem essas credenciais.

2) Como fiscalizar? A igreja é a consciência do Estado. Ela exerce voz profética. Ela precisa votar e acompanhar e cobrar dos seus representantes posturas dignas, sobretudo nos assuntos de ordem moral e social: casamentos gays, aborto, etc.

3) Como encorajar? A Bíblia nos ensina a interceder, honrar e obedecer as autoridades constituídas.

A Bíblia nos inspira a confiar em Deus.

“E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos”. (Daniel 2.21).

DEUS ESTÁ NO CONTROLE!

Referências

1-    ALMEIDA, João Ferreira de. Trad. A Bíblia Sagrada (revista e atualizada no Brasil) 2 ed. São Paulo.
2-    RV, NIV ,Atualizada, Linguagem de Hoje, Revisada e etc...
3-    LOPES, Hernandes Dias. Como o cristão deve tratar as questões políticas. Palavra da Verdade, 2013. No canal: http://hernandesdiaslopes.com.br
4-    BARTH, Karl. Carta aos Romanos. Novo século, 1999.  Pg. 744)
5-    SCHAEFFER, Francis. Manifesto Cristão. Brasília: Refúgio, 1985, pp. 86-88.
6-    CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã, II, viii. Trad. Waldyr Carvalho Luz. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1985, pg. 38
7-    C.S. LEWIS - A Abolição do homem. Martins Fontes: São Paulo: 2012.  pg.12
8-    ARTIGO: Eduardo Pedreira. (Revista Cristianismo Hoje, edição 42, anos 7. Pp. 29-31).
9-    Vídeos do TSE. Justiça Eleitoral. Canal: http://www.youtube.com/

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