UM CRENTE FOI AO ROCK IN RIO. EU SOU CRISTÃO E NÃO FUI. E DAI?

É engraçado como alguns para justificar suas práticas evangélicas se valem de conceitos realmente estranhos.

Para justificar sua presença no templo do rock in rio alguém disse:  

"O que autentifica nossa fé não são os ambientes que frequentamos, mas o amor que revelamos em qualquer lugar."

Certas coisas que dizemos parecem significar muito, mas se prestarmos atenção, não significam coisa nenhuma. Por outro lado, e para alguns (muitos), podem significar TUDO, menos o que achamos que ela deveria significar.

Essa frase acima é algo do tipo assim: procuro dizer tudo, quando na verdade não quero mesmo é dizer nada. E tão pouco vou levar em conta o que disserem sobre mim.

Não trata a questão pela ótica que deveria ou mesmo poderia ser tratada: Licitude e conveniência. “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”. 
(1 Coríntios 10.23). “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. (1 Coríntios 6:12).
O ilícito será sempre ilícito, nada poderá mudar isso. O mais difícil na caminhada cristã é saber quando algo que até é lícito não nos convêm.

Quantos autenticam (literalmente) sua fé todos os dias nas filas de lojas lotéricas, porque “acreditam” que é seu momento de ficar rico. Fazem daquele ambiente sua religião (cujo deus é MAMOM- riqueza) e sua melhor forma de expressar sua fé. E nem por isso exercem uma fé que pode ser autenticada por Deus ou por suas manifestações divinas.

Os ambientes não autenticam a fé de ninguém é verdade. O que pode autenticar a fé é somente o doador da vida, aquele que sonda e conhece os corações.  Contudo não se pode ignorar que a sua fé legítima, sempre tornará legítimo o ambiente onde se procura expressar sua fé. É tolo pensar que a fé não se expressa em obras. Disse Tiago: a Fé sem obras é morta. Ou seja, se é morta, já não é mais fé. Morreu!

Ao entrar no templo, Jesus Cristo procura expressar sua fé, e o faz procurando um ambiente que seja condizente com sua fé e com o centro de sua adoração (Deus Altíssimo).  “Então Jesus entrou no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; e disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores”.

Não se pode  estar num covil de lobos e salteadores e achar que o ambiente que frequentamos não tem qualquer conexão com nossa expressão de fé. Ele (O AMBIENTE) não autentica a nossa fé, mas diz muito a respeito dela. Pense num lugar onde ninguém é de ninguém. Onde se pode beijar na boca o marido de alguém ou mesmo cobiçar e concretizar em apertos e “amassos” extravagantes a mulher do próximo. Não vou me deter nessas listas, elas são espúrias demais para este espaço cujo tema é sexo, drogas e...(Deus sabe o que)

E Sobre o amor que revelamos em qualquer lugar. O que se TENTOU dizer aqui.

Cremos que nossa forma de demonstrar amor, especialmente em qualquer lugar e em toda e qualquer circunstância, pode autenticar e legitimar nossa fé.

A questão aqui é, por que utilizamos essa frase para legitimar nossa presença num lugar como o Santuário do Rock, a casa da veneração de Satanás e de suas hostes espirituais?

Usamos o amor quase sempre como um sentimento, e sendo assim manobramos com ele de acordo com nossos próprios interesses.  Isso não é bom! Chega a ser egoísta. Amor na Bíblia não é sentimento é um mandamento que procede do Coração de Deus.

Lembre-se que existem formas estranhas de amar, e coisas estranhas que amamos, expressões e formas de amor que quase sempre não autenticam a nossa fé (legítima). Quase sempre pecadores amam seus pecados. E nem por isso, esse “amor verdadeiro” os torna dignos diante de Deus.

Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo (1 Tim. 6.10, 11) disse: – "Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão”. Nesse texto há dois amores, que tratam do assunto de uma forma absolutamente diferente uma da outra

Veja o que o texto afirma:  é amor.  Ao mesmo tempo em que é cobiça. O amor que expressamos em qualquer lugar, precisa ser suficiente para modificar o lugar em que estamos, ou o que estamos fazendo ali, é ver nascer em nós um amor pelo lugar, pelas coisas que estamos fazendo ali, e não um amor que autentica a nossa fé, que sem obras é morta.

Todos pecaram
Pecado = A ira de Deus
Jesus tomou sobre si a ira de Deus
para que você possa VIVER!
Não existe amor, sem que ao mesmo tempo exista a ira. Não existe amor sem ao mesmo tempo existir o mandamento que nos ordena a amar.

O amor de Deus e a Sua ira frequentemente andam juntos (Num 14:18; Rom 11:22; Heb 12:5) e verdadeiramente a ira de Deus é uma expressão do Seu amor (Sal 136:14-21). Repito: uma expressão do seu amor.

Se Deus não tivesse ira os Seus atributos seriam falhos. Se não houvesse a ira de Deus, Ele seria indiferente ao pecado, mostraria uma ausência de morais e aceitaria tolices e corrupção. Por Deus ser puro, necessariamente, Ele precisa odiar o que é impuro (A. W. Pink). Repito: Ele precisa odiar que é impuro.

Se você adentra um ambiente, ou mesmo um lugar e descobre que seu coração está irado. Não significa que você não ame os que ali estão ou que é incapaz de amar e de sentir compaixão por cada um deles. Sua Ira (bíblica) é o legítimo fruto de seu amor por eles. Sei que é difícil entender, por isso não é uma palavra para ingênuos e sim para gente madura.

Não é apenas Deus quem se ira em consequência do Seu amor, mas o homem também faz dessa maneira (Prov 13.24).

Uma definição da ira de Deus é a Sua santidade contra o pecado (Num 14:18). A própria ira de Deus testifica a Sua santidade (Sal 89:35) – por Ele jurar na Sua santidade, os inimigos de Davi foram castigados; Sal 95:11 – por Deus ser santo, os desobedientes à Sua Palavra foram mortos no deserto). O amor de Cristo é descrito sendo além de todo o entendimento (Efés 3:19), mas a Sua ira é derramada na tribulação (Apoc 6.16).

Quantos Benefícios se podem encontrar na Ira de Deus.  Ela Revela a imundícia do pecado. Devido a hediondez do próprio pecado o eterno Deus crucificou o Seu unigênito e amado Jesus Cristo (Rom 5:8).

Na cruz o amor e ira estão lado a lado. Veja o amor nos braços abertos, veja a ira nos cravos em suas mãos.

Ela Provoca o crescimento no temor a Deus (Luc 12:5; Heb 12:28,29). Ela Incita louvor a justiça de Deus (I Tess 1:10; Apoc 19:11). Estimula a evangelização aos que estão sem Cristo (II Cor 5:11).  Confirma a fé dos justos (Sal 58:10,11). Traz glória a Deus por intermédio de Jesus Cristo (Fil. 2:0,11).

Deus opera todas as coisas com a finalidade de receber toda a glória (Rom 11:36). A redenção traz glória a Deus através de Jesus Cristo. Só precisaria redenção se houvesse um preço a ser pago pelo pecado. Em Jesus Cristo a justiça e a paz se beijaram (Sal 85:10) com Deus derramando toda a Sua justa ira sobre Quem amava mais.

Se o amor não é assim. Então não é amor. Pode ser paixão, erotismo, cobiça, egoísmo ou qualquer outra idiotice que alguém chame amor. Quem pensa e age assim, faz isso para poder encobrir seus erros, acobertar seus pecados e acariciar suas imoralidades, isso nunca será amor, segundo a Palavra de Deus.

No mais é preciso dizer que:

"Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes" (1 Coríntios 15.33).

Cuidado com o que ouves ou mesmo lê. Não seja um ignorante, que não ouve ou mesmo lê. Mas saiba se valer do filtro do Espírito Santo, para reter somente o que é bom. Existem pessoas que com seus modos sutis aprendem a arte de misturar o erro com a verdade. Oferecem veneno em uma taça de ouro.

Se é em Deus que você crê, lembre-se dos seus ensinos: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. (Salmos 1.1)

Condenando a nossa piedade e nossa forma de expressar fé dizem: “religiosidade não salva ninguém”. É engraçado como alguém pode dizer que religiosidade não salva ninguém, sem a consciência de que, é essa mesma religiosidade que o está CONDENANDO. 

Posso explicar.

Não pense que alguém que VAI AO TEMPLO do Rock, o faz sem que seu coração, se tenha rendido a deuses que não o SENHOR.

Primeiro, considere o ÍDOLO que o motivou a estar lá.  Sua franca e transparente idolatria, já o tornam um religioso. A religiosidade é nada mais do que o processo de conexão entre o Idólatra e seu ídolo. Não sei como não conseguem enxergar isso. Ou melhor, creio que sei: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos”  (2 Coríntios 4.4).

Seguem o deus deste século, possuídos pela cega e absurda idéia de que não são “religiosos”. Assusta-me tanta ignorância, mas é compreensível.

Criticam os que estão procurando desenvolver na igreja sua forma de expressão e espiritualidade, sem levar em conta que na verdade estão, por outro lado, na outra ponta do reino espiritual, “adorando” seus ídolos, desenvolvendo sua forma de idolatria e religiosidade.

Deixe-me dizer o que Deus manda dizer:
“Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?” (Tiago 3:11). “Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce”. (Tiago 3:12).
Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! (Isaías 5:20).

Imagino que se Kurt Donald Cobain, vocalista do Nirvana, estivesse a procura de algo mais do que sua vida vazia, onde nós diríamos que Ele deveria procurar? Nos templos e nas arenas do Rock? Lá ele esteve por toda sua vida, e vida por lá não encontrou. Em 8 de abril de 1994, Cobain foi encontrado morto em sua casa em Seattle. Gostaria muito que uma geração diferente o tivesse “assediado”, ou mesmo confrontado, para que ele encontrasse outro caminho, mas isso não aconteceu.

O vocalista da banda Charlie Brown Jr., Alexandre Magno Abrão, o Chorão, foi encontrado morto em seu apartamento na madrugada do dia 6 de março. Chorão tinha apenas 42 anos. O que faltou? Lembram-se: Morreu numa noite de domingo (8/9) o baixista do Charlie Brown Jr., Champignon. O músico foi encontrado morto no início da madrugada de uma segunda-feira (9/9), em seu apartamento, na zona oeste de São Paulo.

Na verdade eu creio que faltava vida. Não faltaram ídolos, templos e tudo mais que a religiosidade devotada ao deus deste século lhes pode oferecer.

O que Deus espera de um Cristão diante disso?
“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação”. (1 Tessalonicenses 4.3).

“Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação”. (1 Tessalonicenses 4:7).

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. (Hebreus 12:14).
Não se iluda: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. (Mateus 7:21). Entre o DIZER e o FAZER há um abismo imenso.

Dizer que é um crente ou coisa do gênero, não quer dizer nada. Alguém pode até dizer que é pastor, e isso não significar nada. Pode ser este o meu caso, dizem que eu sou pastor, e isso apenas dito, pode não significar nada. São necessários aqui mais do que palavras.

“Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. (Tiago 2.18).

Considere: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”. (2 Pedro 2.1-3).

É preciso falar de amor e considerar o juízo:
“Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da justiça, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente”. (2 Pedro 2.4-6).
Tenham juízo minha gente! Exercitem o temor do Senhor.

Digo isso porque amo a todos que precisam ler e buscar discernimento sobre as exortações Bíblicas contidas neste texto. Se não amasse a todos, não investiria meu tempo com vocês.

Não espero que esse amor seja recíproco, só me reservo o direito de lhes expressar o meu verdadeiro amor.
“Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa.”  (Martin Luther King).
É assim que vejo e sinto: “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”. (1 Timóteo 1.5)

Que Deus nos mostre a cada dia o seu Reino de Luz!

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