PASTORES E LOBOS

Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam pelas vidas das ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.

No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.


●  Pastores buscam o bem de suas ovelhas; lobos buscam os bens das ovelhas.
●  Pastores gostam de convívio; lobos gostam de reuniões.
●  Pastores vivem a sombra da cruz; lobos vivem a sombra de holofotes.
●  Pastores choram pelas suas ovelhas; lobos fazem suas ovelhas chorar.
●  Pastores tem autoridade espiritual; lobos são autoritários e dominadores.
●  Pastores tem esposas; lobos têm co-adjuvantes.
●  Pastores tem fraquezas; lobos são poderosos.
●  Pastores olham nos olhos; lobos contam cabeças.
●  Pastores apaziguam as ovelhas; lobos intrigam as ovelhas.
●  Pastores tem senso de humor; lobos se levam a sério.
●  Pastores são ensináveis; lobos são donos da verdade.
●  Pastores tem amigos; lobos têm admiradores.
●  Pastores se extasiam com mistério; lobos aplicam técnicas religiosas.
●  Pastores vivem o que pregam; lobos pregam o que não vivem.
●  Pastores vivem de salários; lobos enriquecem.
●  Pastores ensinam com a vida; lobos pretendem ensinar com discursos.
●  Pastores sabem orar no secreto; lobos só oram em público.
●  Pastores vivem para suas ovelhas; lobos se abastecem das ovelhas.
●  Pastores são pessoas humanas; lobos são personagens religiosos caricatos.
●  Pastores vão para o púlpito; lobos vão para o palco.
●  Pastores são apascentadores; lobos são marqueteiros.
●  Pastores são servos humildes; lobos são chefes orgulhosos.
●  Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas; lobos se interessam pelo crescimento das ofe rtas.
●  Pastores apontam para Cristo; lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
●  Pastores são usados por Deus; lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
●  Pastores falam da vida cotidiana; lobos discutem o sexo dos anjos.
●  Pastores se deixam conhecer; lobos se distanciam e ninguém chega perto.
●  Pastores sujam os pés nas estradas; lobos vivem em palácios e templos.
●  Pastores alimentam as ovelhas; lobos se alimentam das ovelhas.
●  Pastores buscam a discrição; lobos se autopromovem.
●  Pastores conhecem, vivem e pregam a graça; lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
●  Pastores usam as escrituras como texto; lobos usam as escrituras como pretexto.
●  Pastores se comprometem com o projeto do reino; lobos têm projetos pessoais.
●  Pastores vivem uma fé encarnada; lobos vivem uma fé espiritualizada.
●  Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas; lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
●  Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas; lobos lidam com técnicas pra gmáticas com jargão religioso.
●  Pastores confessam seus pecados; lobos expõem o pecado dos outros.
●  Pastores pregam o Evangelho; lobos fazem propaganda do Evangelho.
●  Pastores são simples e comuns; lobos são vaidosos e especiais.
●  Pastores tem dons e talentos; lobos têm cargos e títulos.
●  Pastores são transparentes; lobos têm agendas secretas.
●  Pastores dirigem igrejas-comunidades; lobos dirigem igrejas-empresas.
●  Pastores pastoreiam as ovelhas; lobos seduzem as ovelhas.
●  Pastores trabalham em equipe; lobos são prima-donas.
●  Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo; lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
●  Pastores constroem vínculos de interdependência; lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.

Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-los do aviso de Jesus Cristo.

*Guardai-vos dos falsos profetas, que vêem a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores*". (Mt 7:15)

Autor: Osmar Ludovico (Revista Enfoque Gospel, janeiro 2006)

O PAPEL DO PASTOR NO MINISTÉRIO INFANTIL


Qual o Problema central a se abordar num tema como esse?

Certamente o problema não está no PAPEL. Acredito que o problema a ser abordado aqui é bem mais abrangente.

Muitas vezes em se tratando de ministério infantil, o problema está no pastor e nele também podem estar as soluções para os desafios deste ministério.

Vale dizer logo de início que ministério Infantil é coisa Séria.

E para falar de um ministério sério como esse nada melhor do que falar de alguém que levou as crianças a sério: JESUS.

É neste texto de Marcos 10 de 13 a 16 que vamos tirar importantes lições sobre como Jesus nos mostra a seriedade no trato com as crianças.

William Barclay diz que só compreenderemos a beleza desta passagem quando observamos quando esse fato aconteceu.

Jesus estava indo para Jerusalém. Ele marchava para a cruz. Foi nessa caminhada dramática, dolorosa, que ele encontrou tempo em sua agenda e espaço em seu coração para acolher as crianças, orar por elas e abençoá-las.

A primeira lição deixada por Jesus aqui é que devemos DEDICAR UM TEMPO PRECIOSO DO NOSSO MINISTÉRIO PARA AS CRIANÇAS.

Em muitas igrejas e ministérios as crianças são deixadas em segundo plano. A igreja investe em missionários, seminaristas, músicos, mas não em líderes e professores para o ministério infantil e também não há critério algum para escolha daquelas pessoas que estarão pastoreando o coração de nossas crianças.

Como primeira direção para esta reflexão entendemos que o pastor e ou líder do ministério infantil precisa ser como Jesus foi:

1. UM INCENTIVADOR DOS QUE TRAZEM AS CRIANÇAS A JESUS – (10.13)

As crianças não vieram; elas foram trazidas. Algumas delas eram crianças de colo, outras vieram andando, mas todas foram trazidas. Devemos ser facilitadores e não obstáculo para as crianças virem a Cristo.

Os pais ou mesmo parentes reconheceram a necessidade de trazer as crianças a Cristo. Eles não as consideram insignificantes nem acharam que elas pudessem ficar longe de Cristo. Esses pais olharam para seus filhos como bênção e não como fardo, como herança de Deus e não como um problema (Sl 127.3). Aqueles que trazem as crianças a Cristo reconhecem que elas precisam de Jesus. Era costume naquela época, os pais trazerem seus filhos aos rabis para que eles orassem por eles. A palavra grega paidia referia-se a fase da primeira infância até ao período da pré-adolescência. Lucas usa brephos (Lc 18.15), que a princípio significa bebê, depois também criança pequena, mas nos versos 16 e 17 também tem duas vezes paidion.

As crianças podem e devem ser trazidas a Cristo. Na cultura grega e judaica as crianças não recebiam o valor devido, mas no Reino de Deus elas não apenas são acolhidas, mas também são tratadas como modelo para os demais que querem entrar.

Adolf Pohl corretamente interpreta o ensino de Jesus, quando afirma:
Não deixe as crianças esperar; não hesite em trazê-las para as mãos de Jesus, não conte com “mais tarde”: mais tarde, quando você for maior, quando entender mais a Bíblia, quando for batizado, etc. As crianças podem ser trazidas com muita confiança no poder salvador de Jesus. O reinado de Deus rompe a barreira da idade assim como a barreira sexual (o evangelho para mulheres), da profissão (para cobradores de impostos), do corpo (para doentes), da vontade pessoal (para endemoninhado) e da nacionalidade (para gentios). Portanto, também as crianças podem ser trazidas dos seus cantos para que Jesus as abençoe. (Evangelho de Marcos. 1998: p. 297.)
O pastor e ou líder do ministério infantil precisa ser como Jesus foi:

2. UM REMOVEDOR DE OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM AS CRIANÇAS DE VIREM A CRISTO – (10.13)

Alguém perguntou a Gandi, o líder espiritual da Índia: “Qual é o maior impedimento para o Cristianismo na Índia?” Ele respondeu: “Os cristãos”.

Os discípulos de Cristo mais uma vez demonstram dureza de coração e falta de visão. Em vez de serem facilitadores, tornaram-se obstáculos para as crianças virem a Cristo. Eles não achavam que as crianças fossem importantes, mesmo depois de Jesus ter ensinado claramente sobre isso (Marcos 9.36,37).

Os discípulos não compreenderam a missão de Jesus, a missão deles e nem a natureza do Reino de Deus.

Os discípulos repreendiam aqueles que traziam as crianças por acharem que Jesus não devia ser incomodado por questões irrelevantes. O verbo grego usado pelos discípulos indica que eles continuaram repreendendo enquanto as pessoas traziam seus filhos.

Eles agiam com preconceito. Podemos impedir as pessoas de trazerem as crianças a Cristo por comodismo, por negligência, ou por alguma falsa compreensão espiritual, vejamos:

a) Achar que as crianças não são importantes;
b) Pensar que elas não precisam da Salvação;
c) Achar que pessoas “importantes”, tem coisa mais importante do que as crianças para considerar.

Isso é uma falsa compreensão do papel e da importância do Ministério infantil.

Para desenvolver um bom ministério infantil é preciso dedicar tempo às crianças. Lembre-se: Ministério Infantil é coisa Séria. E digo mais, Ministério infantil não é circo.

Por fim, qual seria o real papel do pastor no ministério infantil?

3. O PAPEL PRINCIPAL DE UM PASTOR É ABENÇOAR AS CRIANÇAS – (10.16)

Ninguém mais do que Jesus abençoou as crianças. Jesus demonstra amor, cuidado e atenção especial com todos aqueles que eram marginalizados na sociedade. Ele dava valor aos leprosos, aos enfermos, aos publicanos, às prostitutas, aos gentios e agora, às crianças.

O “porquê” desse modo de agir de Jesus? Certamente ele conhecia a fundo as necessidades das crianças. Jesus sabia que...

Uma criança precisa de amor.
Uma criança precisa se sentir segura.
Uma criança precisa se sentir aceita.
Uma criança precisa de disciplina.
Uma criança precisa do reconhecimento do seu valor.

Jesus procurou atender essas necessidades básicas da criança.

Este exemplo deixado por Jesus no serve de encorajamento. O encorajamento era para os pais das crianças e para as próprias crianças, embora a palavra tenha sido dirigida aos discípulos: “Deixar vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (10.14). Jesus manda abrir o caminho de acesso a ele para que as crianças possam vir. Encontramos uma grande verdade enfatizada aqui: A afeição de Jesus às crianças – (10.14)

Não é a primeira vez que Jesus demonstra amor às crianças. Ele diz que quem recebe uma criança em seu nome é o mesmo que receber a ele próprio (Mc. 9.36,37).
Jesus afirma, por outro lado, que fazer uma criança tropeçar é uma atitude gravíssima (Mc. 9.42).
Agora, Jesus acolhe as crianças, toma-as em seus braços, ora por elas, impõe as mãos sobre elas e as abençoa (10.16).

Podemos ver neste episódio claramente a indignação de Jesus – (10.14).

Jesus se indignou quando viu que os discípulos afastaram as pessoas em vez de introduzi-las a ele. A palavra grega AGANAKTEO sugere uma forte emoção. Este é o único lugar nos evangelhos onde Jesus dirige sua indignação aos discípulos, exatamente quando eles demonstram preconceito com as crianças.

Jesus já ficara indignado com seus inimigos, mas agora fica indignado com os discípulos. É a única vez que o desgosto de Jesus se direciona aos próprios discípulos, quando se tornam estorvo em vez de bênção, quando eles levantam muros em vez de construir pontes.

A indignação de Jesus aconteceu concomitantemente com o seu amor. A razão pela qual ele se indignou com os seus discípulos foi o seu amor profundo e compassivo para com os pequeninos, e todos os que os trouxeram.

Falamos para as crianças comportarem-se como os adultos, mas Jesus ensinou que os adultos devem imitar as crianças.

Jesus é enfático, quando afirma: “... porque dos tais é o reino de Deus” (10.14). Isso tem a ver com a natureza do reino de Deus.

Como abençoar as crianças????

Jesus não apenas acolhe as crianças e repreende os discípulos, mas faz outras coisas importantes:

Ele toma as crianças em seus braços. Com isso Jesus revela seu carinho, aceitação, valorização, proteção e cuidado com as crianças.

Ele impõe as mãos sobre as crianças. Os pais trouxeram as crianças para que Jesus as tocasse (Lc 18.15) e orasse por elas (Mt 19.13). Jesus em vez de concordar com os discípulos, mandando-as embora, chamou-as para junto de si (Lc 18.16) e impôs sobre elas as mãos. Jesus invocou as bênçãos espirituais sobre aquelas crianças. Jesus toma a primeira criança em seus braços e coloca a sua mão na cabeça do infante. Então, com ternura ele a abençoa por meio de uma oração valiosa ao Pai, para que seu favor seja derramado sobre ela. Ao terminar sua oração, ele devolve a criança para a pessoa que a havia trazido, pega a criança seguinte, e assim sucessivamente, até ter abençoado todas elas.

Para concluir, vale lembrar que receber o reino de Deus como uma pequena criança significa aceitá-lo com simplicidade e confiança genuína, bem como humildade despretensiosa. O reino de Deus é o domínio de Deus no coração e na vida do ser humano juntamente com todas as bênçãos que resultam desse domínio. Entrar no reino é ser salvo, é ter a vida eterna.

Nós estamos ajudando ou atrapalhando as crianças de virem a Cristo? Estamos recebendo o reino de Deus com a confiança sincera de uma criança?

Jesus, em vários momentos da Bíblia, valorizou e deu grande importância às crianças (Mt 18.1-5; Mc 10.14). Ele disse também (João 21.15) para Simão Pedro apascentar, instruir, doutrinar os seus cordeiros, ou seja, as crianças, já que cordeiro é o filho ainda novo da ovelha. Antes porém Jesus lhe perguntou: “Pedro você me ama?”.

Se você ama a Jesus e ama as crianças, certamente você amará o que você faz e o resultado do seu trabalho será o fruto do seu amor a Jesus.

Uma enfermeira fazia curativos em muitas feridas de um paciente. Alguém, impressionado, disse-lhe: "Nem por um milhão eu faria um trabalho desses". Ela após ter ouvido o que ele disse respondeu-lhe: "Eu também não, mas faço tudo por amor a Jesus, como se estivesse cuidando dele. Ele me amou, cuidou da minha dor, das minhas feridas. Estou retribuindo esse amor".

NÃO CHORES!

Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!"
Lucas 7:13

Nem sempre são fáceis, belos e agradáveis os caminhos que o homem deve caminhar em sua breve existência terrena. Para uns é difícil o caminho para o trabalho. Para outros é muito longo o caminho para a igreja. Contudo, o caminho mais triste, espinhoso, doloroso e desesperador é aquele que conduz ao cemitério. Rios e lagos seriam formados, caso fosse possível juntar todas as lágrimas da história, derramadas no caminho da sepultura. É que o caminho do cemitério é o caminho da dor, da separação – da morte! E o homem detesta cemitérios e necrotérios, porque tem amor e apego à vida, e repugna a morte.

Aquela mãe da cidade de Naim chorava. E tinha razão e direito para chorar. Chorava porque pela segunda vez caminhava o caminho do cemitério. Não fazia tempo, acompanhara o cortejo fúnebre de seu esposo; agora, leva seu único filho para o mesmo lugar. O filho único! Além da dor causada pela morte, a viúva sentia a dor da separação, do silêncio, do abandono. Onde viver? Como adquirir o pão de cada dia? A mãe chora!

Jesus está perto. Jesus está parado junto á porta da cidade. Jesus ouve e observa a dor e a lamentação daquela mãe. Tendo poder sobre a vida e a morte, e tendo vindo para consolar e amparar o abatido, Jesus sente compaixão e se aproxima da viúva em prantos e diz: Não chores! Assim o Salvador inicia o seu sermão fúnebre: Não chores! Depois a sua pregação se transforma em atos. Aproximando-se do falecido, ordena: Jovem, eu te ordeno: levanta-te! E o jovem que estivera morto, levantou-se e começou a falar, e Jesus o devolveu aos braços da mãe.

Certamente também já caminhaste o caminho do cemitério e da morte. Certamente já levaste os restos mortais de um ente querido até à sepultura. Eu já vivi momentos assim. E como é triste, doloroso, espinhoso e desesperador baixar o caixão para as entranhas da terra! Parece que o mundo quer ruir por terra! Parece que não há mais consolo. Parece, mas não é. Jesus está perto. E Jesus consola. É o consolo e o milagre do cristianismo. Certamente Cristo não te devolverá logo o teu ente querido, mas um dia o poderás encontrar na eternidade. Esta certeza poderás alimentar se o teu filho morreu com fé no Salvador e se tu conservas o que tens. Não chores! Aqui está o consolo do Salvador: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá. Um dia abraçarei os meus!.

Na cidade de Zwickau (Zuiquiraw) na Alemanha, o grande Martinho Lutero fez o sermão fúnebre de Nicholas Haussmann. "O que nós pregamos," disse o grande reformador, "ele viveu". Poderia haver um epitáfio melhor do que este? É a pura vida cristã que faz a diferença, e dá sentido a vida.

Viver é mais do que falar. Como disse alguém: "Sua vida fala tão alto que não posso ouvir o que você está dizendo."

As Escrituras indicam que a Palavra de Deus transmite o poder necessário para que a vida cristã seja uma realidade, e que esteja sempre fortalecida para enfrentar as lutas diárias. Assim como a alimentação sustenta o físico, a Palavra do Senhor sustenta a vida espiritual.

EDUCAÇÃO TEOLÓGICA E VOCAÇÃO

É um dado curioso como hoje muitos falam da vocação ministerial, do que é ser pastor, ministro ou mesmo missionário. Quantos expressam opiniões sobre o assunto, embora o desconheçam quase completamente. Na medida em que a nossa civilização vai perdendo o senso do sagrado, torna-se mais difícil compreender a pessoa de alguém como o pastor, ministro ou missionário, que profundamente envolvidos com o ministério, procuram dedicar toda a vida à glória de Deus e ao serviço do Senhor.

Assim se explica, por exemplo, que alguém possa deixar sua pátria e sua gente para ser missionário do outro lado do mundo. O Brasil se beneficiou grandemente desse ímpeto evangelizador, no começo de sua história, marcada pela presença pioneira de abnegados missionários, que trouxeram a verdade de Cristo ao nosso país.

Como alguém decide tornar-se um pastor ou mesmo missionário? Gostaria de abordar alguns pontos referenciais a esse respeito.

Em primeiro lugar, ninguém escolhe tal caminho; é escolhido. Toda vocação é um chamado, ao qual se responde com convicção. Assim também aconteceu comigo. Evidentemente, Jesus, em pessoa, não veio me chamar, como o fez com os Apóstolos. A nós, Ele chama através de circunstâncias muito particulares conforme a experiência de cada um.

Para responder ao chamado, o “vocacionado” conta, sobretudo, com o auxílio da graça de Deus, que irá configurá-lo à Pessoa de Cristo, como continuador de sua missão. Entretanto, é preciso ter qualidades essenciais, que permitam o exercício do ministério. Essas qualidades abrangem: dotes naturais, como saúde física e mental, inteligência e qualidades morais, como integridade de caráter, coragem e perseverança. A conjugação de todos esses requisitos será necessária ao longo de todo o ministério. Isso não será possível se não houver uma íntima comunhão com Deus por parte do vocacionado. A comunhão com Deus leva também à comunhão com os irmãos. O vocacionado, enquanto seminarista, precisa ter espírito comunitário. Saber viver em grupo, em comunidade, não é fácil, mas é um valioso apoio, sobretudo neste mundo, marcado pelo individualismo e pela solidão. Hoje, de alguma forma, essa vida em comunidade já não tem sido muito requisitada, considerando-se de forma específica o período de preparação nos internatos dos seminários e os novos moldes apresentados pelas instituições teológicas. Nos demais âmbitos a vida em comunidade sempre deve ser considerada.

Há de considerar-se aqui também o preparo intelectual do vocacionado. Nenhum trabalho poderia ser bem fundamentado, sem a necessária formação intelectual. Para buscar iniciar seus estudos numa instituição teológica serão necessários os seguintes requisitos: o Ensino Médio e mais ou menos quatro anos de estudos acadêmicos (o bacharelado).
STBSB - Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil


CIEM - Centro Integrado de Educação e Missões



Essa foi, apenas, uma breve abordagem do que significa a preparação para o ministério. Ser pastor, ministro ou mesmo um missionário exige vocação, generosa resposta ao chamado divino, e muita capacidade para estudar e trabalhar. Antes de criticar ou apresentar pretensas soluções, baseadas no “achismo”, procuremos conhecer a fundo o processo para formação de um ministro, para podermos avaliar melhor o significado e o objetivo da experiência preparatória pela qual ele passou. Esse conhecimento suscitará, sem dúvida, o desejo de colaborar com ele, colocando-nos em sintonia com o seu trabalho na Igreja, que reverte sempre em nosso benefício e no de todas as pessoas ao redor.

Lembro-me do dia em que pela primeira vez cheguei em nossa igreja como “seminarista”. Fui parar direto nas “mãos” do Conselho Diaconal de nossa igreja. Graças a Deus caí em boas mãos. Fui bem acolhido, na verdade muito bem examinado nos princípios que acreditava e na fé que professava.

Compartilho essa experiência e essa palavra, pois no terceiro domingo de novembro celebraremos o dia da Educação Teológica.

Deus abençoe cada vocacionado de nossas Igrejas, assim bem como as instituições de Ensino Teológico de nossa denominação.

ADORAÇÃO E SERVIÇO

Novembro para a Denominação Batista é quando se celebra o mês da música. Durante todo o mês as igrejas têm a oportunidade de conhecer mais de perto algumas áreas deste ministério. É também no calendário anual da Igreja Batista, o segundo domingo de novembro o Dia Nacional do Diácono Batista, que se destaca como um ministério de serviço na igreja.

Infelizmente em se tratando de música, existe em grande parte de nossos ministérios, uma "Liturgia" que associa a adoração congregacional exclusivamente com canções. Poucos líderes se preocupam com elementos de adoração a Deus que não seja a música. No livro de Atos, temos um exemplo de algumas dessas atitudes de adoração que, muitas vezes, são completamente distintas da música.

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." (Atos 2:42).

Aqui temos grandes elementos que precisamos incluir em nossa lista de necessidades de um ministério de Louvor & Adoração. Eles devem ser as prioridades absolutas em nossos grupos musicais, como também em nossa vida de adoração pessoal.

Vejamos o primeiro: a Verdade.

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, ..."

Precisamos compreender, antes de qualquer coisa, que verdade se distingue totalmente de leis e regras impostas por homens que buscam satisfazer sua necessidade de poder ou justiça.

Jesus sempre condenou a religião composta apenas de regras. Fez suas mais duras críticas, aos religiosos que baseavam sua adoração em leis injustas e rígidas. Conclamou o povo a uma única verdade simples, e a resumiu numa única frase: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." (Lucas 10:27). Pronto, está definido que a verdade bíblica se baseia em amor a Deus e ao próximo.

Vejamos o segundo: a Comunhão

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, ..."

Um dos ingredientes mais complexos da verdade de amar a Deus e ao próximo é a comunhão que ela exige de nós. Isso mesmo, a partir do momento que você coloca Deus no centro de sua vida, impreterivelmente o “próximo” virá junto com Ele. Passaremos então a usufruir a COMUNHÃO com os irmãos, fruto dessa centralidade e da verdade de Deus na nossa vida.

Vejamos o terceiro: o Serviço

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, ..."

O serviço traz propósito à adoração. Na verdade, adquirimos uma dupla responsabilidade quando assumimos a Verdade & Comunhão como peças fundamentais em nosso ministério. Além de louvar a Deus, a adoração nos impulsiona ao serviço ao próximo. A experiência de adoração que temos enche-nos de amor, e esse amor é levado aos que necessitam dele.

Por isso, adoração e serviço, estão intimamente ligados, um te leva ao outro, um não consegue viver sem o outro. Separá-los é como tentar distinguir o gás-carbônico do oxigênio enquanto respiramos, é algo impossível de se fazer apenas com o nariz.
"Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará." (João 12:26).
Jesus (Marcos 10:45) disse: "Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos." É por isso que quando se via frente à multidão de pessoas que o acompanhava tinha "grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor." (Mateus 9:36). Seu ministério estava totalmente voltado às pessoas, era para elas (pessoas) que tinha vindo.

Alegra-nos muito que no segundo domingo de novembro durante o mês da Música e no Dia do Diácono Batista estes dois elementos estão bem presentes: Adoração e Serviço.

Neste segundo domingo de novembro estaremos consagrando 13 novos diáconos para o serviço na igreja: Alcir Dias da Silva, Andréa Dias Cezar de Oliveira, Antonio Milton de Souza, César Romero da Costa, Daisy Míriam de Souza Camargo, Luís Cláudio Lima Botelho, Márcia Valéria Januária de Souza, Maria Dalva Ferreira de Oliveira, Natan Paulo da Conceição, Newton Cezar Rodrigues de Oliveira, Paulo Roberto do E. S. de Souza, Sandra Rosales Pena Botelho e Virgínia Rozário.

Parabéns aos novos diáconos e parabéns a Primeira Igreja Batista de Campo Grande -RJ. Que juntos trabalhemos para que nossa Adoração seja realmente um serviço relevante para o Reino de Deus.

Pr. Carlos Elias de Souza Santos.

ESCOLA DOS BICHOS

Era uma vez um grupo de animais que quis fazer alguma coisa para resolver os problemas do mundo.
Para isto, eles organizaram uma escola.
A escola dos bichos estabeleceu um currículo de matérias que incluía correr, subir em árvores, em montanhas, nadar e voar.

Para facilitar as coisas, ficou decidido que todos os animais fariam todas as matérias.
O pato se deu muito bem em natação; até melhor que o professor!

Mas quase não passou de ano na aula de vôo, e estava indo muito mal na corrida. Por causa de suas deficiências, ele precisou deixar um pouco de lado a natação e ter aulas extras de corrida.

Isto fez com que seus pés de pato ficassem muito doloridos, e o pato já não era mais tão bom nadador como antes.

Mas estava passando de ano, e este aspecto de sua formação não estava preocupando a ninguém – exceto, claro, ao pato.


O coelho era de longe o melhor corredor, no princípio, mas começou a ter tremores nas pernas de tanto tentar aprender natação.

O esquilo era excelente em subida de árvore, mas enfrentava problemas constantes na aula de vôo, porque o professor insistia que ele precisava decolar do solo, e não de cima de um galho alto.

Com tanto esforço, ele tinha câimbras constantes, e foi apenas "regular" em alpinismo, e fraco em corrida.

A águia insistia em causar problemas, por mais que a punissem por desrespeito à autoridade.
Nas provas de subida de árvore era invencível, mas insistia sempre em chegar lá da sua maneira...

Na natação deixou muito a desejar...

Cada criatura tem capacidades e habilidades próprias, coisas que faz naturalmente bem.
Mas quando alguém o força a ocupar uma posição que não lhe serve, o sentimento de frustração e até culpa, provoca mediocridade e derrota total.

Um esquilo é um esquilo; nada mais do que um esquilo.
Se insistirmos em afastá-lo daquilo que ele faz bem, ou seja, subir em árvores, para que ele seja um bom nadador ou um bom corredor, o esquilo vai se sentir um incapaz.


A águia faz uma bela figura no céu, mas é ridícula numa corrida a pé.
No chão, o coelho ganha sempre. A não ser, é claro, que a águia esteja com fome!

O que dizemos das criaturas da floresta vale para qualquer pessoa.
Deus não nos fez iguais. Ele nunca quis que fôssemos iguais.

Foi Ele quem planejou e também quem projetou as nossas diferenças, nossas capacidades especiais!

Descubra seus dons naturais...